Cotações de suínos recuam e produtores já trabalham no vermelho. Demanda mais fraca por carnes pressiona preços

Publicado em 10/07/2015 13:56
Cotações de suínos recuam e produtores já trabalham no vermelho. Demanda mais fraca tanto no mercado interno quanto na exportação pressionam preços

O mercado de suínos vem registrando nas últimas semanas uma queda nos preços contrário da expectativa de muitos produtores. No período de inverno a procura pela carne suína aumenta no mercado interno, e o segundo semestre também é positivo para as exportações, já que na média do ano o mês de outubro apresenta maiores volumes.

Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS) "o setor tinha para o mês de julho um expectativa positiva de preços melhores, com uma cotação acima da média da registrada no primeiro semestre", ressalta Folador lembrando que no inicio do mês de junho os preços apresentaram sinais de recuperação.

A média de preços nos Rio Grande do Sul é de R$ 3,15/kg para o produtor não integrado, e R$ 2,85 o quilo para o integrado. Com esses patamares muitos produtores já trabalham com margem negativa, e de acordo com Folador não há perspectivas de melhora no curto prazo.

Para ele, o fator que pressiona as cotações é a demanda. A crise na economia brasileira tem retraído o consumo e consequentemente limita a elevação dos preços. No longo prazo um possível aumento na oferta pode continuar pressionando as cotações, explica Folador. "Alguns dados que tivemos acesso nesta semana, mostra que deveremos ter um aumento de 70 mil toneladas na produção no primeiro semestre 2016, em relação a produção de carne no primeiro semestre deste ano".

Contudo, o presidente afirma que o setor continua confiante de uma melhora nas exportações e no mercado interno ainda neste segundo semestre do ano. "Mas, precisamos de um pouco de cautela para não produzirmos além da necessidade dos nossos mercados", alerta.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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