Junho deve fechar com aumento nos alojamentos de pintos de corte entre 4% a 5%

A demanda e a oferta por pintos de corte está equilibrada neste mês de junho, segundo o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Pintos de Corte (Apinco), José Paulo Meirelles Kors. Segundo ele, após os meses de abril e maio com redução nos alojamentos, junho deve fechar com aumento de 4% a 5%, chegando a 550 milhões de aves alojdas. 

De acordo com Kors, o setor vive um momento paradoxal, já que as exportações de ovos férteis caíram de 15 milhões de ovos em abril para 5 milhões em maio, devido a problemas logísticos por causa da pandemia do coronavírus. 

Com isso, cerca de 10 milhões de ovos férteis que se tornam pintinhos de corte têm ficado no Brasil, aumentando a oferta. Entretanto, a demanda pelos pintinhos vêm aumentado

"É uma situação intrigante, porque a produção de frango está em uma tendência de aumentar, já que os alojamentos devem subir. Apesar das exportações estarem em bom ritmo, ainda não dão conta de escoar a produção que fica em solo brasileiro", disse.

Para Kors, isso pode virar uma preocupação, uma vez que a população está descapitalizada, muitos dependendo de seguro-desemprego, auxílio emergencial, e estas fontes de renda têm duração limitada. 

"Nós não vimos o fundo do poço nessa pandemia, ainda. Mas quando isso acontecer, se tiver uma sobreoferta de frango, vai ser bom para a população, que ´poderá comprar a preços mais baixos, mas terrível para a cadeia produtiva", disse.