Alojamento de pintos de corte podem bater recorde e chegar as 600mi de aves em outubro, com abates antecipados

Publicado em 22/10/2020 15:08
Festividades de final de ano serão em sextas-feiras, restando poucos dias para operação dos frigoríficos
José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco

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Entrevista com José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco sobre a Produção de Pintos de Cortes

 

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O mês de setembro se encerrou com cerca de 580 milhões de pintinhos de corte alojados, de acordo com o presidente da Associacao Brasileira de Produtores de Pintos de Corte (Apinco), José Paulo Meirelles Kors. O número seguiu dentro do esperado e semelhante ao de agosto, quando foram alojadas 570 milhões de aves. Entretanto, segundo ele, outubro deve encerrar com um resultado bem maior. "Não é difícil que se ultrapasse a casa das 600 milhões de aves", explicou.

A razão para o aumento é que o Natal e o ano Novo serão comemorados em sextas-feiras, portanto, os abates de aves terão de ser antecipados, já que os frigoríficos costumam suspender as atividades durante as festividades. 

"Esse número de 600 milhões de aves alojadas, se for atingido, vai ser um recorde absoluto. Essas aves que serão abatidas próximas às festas de final de ano serão nascidas dos ovos que estão sendo incubados agora", disse.

Apesar disso, Kors afirma que não é possível prever quantas aves serão alojadas em novembro - as quais se tornarão frangos prontos para abate após a virada do ano. Segundo ele, vai ser preciso analisar como será o andamento de demanda do mercado para saber se será necessário "colocar o pé no freio". 

Outra preocupação do presidente da Apinco é em relação aos custos de produção. De acordo com Kors, se em setembro o preço da tonelada da ração para as aves estava em torno de R$ 1500,00 a tonelada, o valor subiu para R$ 1800,00 em outubro, puxado pelo avanço nas cotações de milho e soja. 

"É preocupante porque não sabemos onde esses preços vão parar. Na minha opinião, essa medida de retirar a taxação para importar milho e soja de países de fora do Mercosul é totalmente inócua. Vai trazer esses insumos de onde?", questionou.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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