Custo de produção preocupa mais a suinocultura no momento do que possível redução de importação pela China, diz consultor da ABCS

Publicado em 14/07/2021 15:13 e atualizado em 14/07/2021 17:16
Setor ainda aguarda a concessão outras medidas de amparo vindas do Governo Federal como alternativas para facilitar aquisição de milho e farelo de soja
Iuri Pinheiro Machado - Consutor de Mercado da ABCS

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Entrevista com Iuri Pinheiro Machado - Consutor de Mercado da ABCS sobre o Mercado de Suínos

 

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A preocupação mais imediata da suinocultura brasileira é com os custos de produção na atividade, segundo o consultor de mercado da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Iuri Pinheiro Machado. O temor é que, com a diferença entre o preço pago aos suinocultores e os custos de produção, os menos capitalizados deixem a atividade.

"Isso preocupa mais do que a possibilidade aventada de que a China diminua as importações da carne suína brasileira. Há informações de que os preços locais estão baixos, mas até agora, os volumes exportados pelo Brasil estão dentro do normal. Vamos ter que observar o desempenho neste segundo semestre", disse.

Machado explica ainda que, mesmo com a consessão da isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) para importação de milho e produtos do complexo soja até o final do ano e da autorização para importação de milho geneticamente modificado dos Estados Unidos, é preciso que outros pedidos que estão sob análise do Governo Federal sejam atendidos.

"Entre estas solicitações estão a suspensão temporária de cobrança de PIS e Cofins sobre os fretes realizados no mercado interno, por exemplo".

Mesmo com o início da entrada da segunda safra de milho, os preços do cereal devem seguir em alta pela quebra na produção, e de acordo com o consultor, é preciso que os integrantes da cadeia de proteína animal tenham alternativas para poder adquirir seus insumos. 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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