Com oferta apertada e São Paulo como único fornecedor, feijão carioca supera os R$200,00 e tem potencial para novas altas

Publicado em 20/11/2015 11:29
Com oferta apertada e São Paulo como único fornecedor, feijão carioca supera os R$200,00 e tem potencial para novas altas

 

A pouca oferta do feijão carioca no mercado e a demanda aquecida tem sido fatores importantes para impulsionar as cotações nos últimos dias. Em alta, a variedade nota 8 já supera os R$ 200,00 a saca de 60/kg, no interior de São Paulo.

"Esse feijão não existe na quantidade necessária para o momento. Nós consumimos em média 4,2 milhões de sacas ao mês, mas há uma disponibilidade - na melhor das hipóteses – de 1,7 milhões de sacas, então é por isso que os preços estão e vão continuar pressionados", explica o analista da Correpar, Marcelo Lüders.

Diante desse cenário, a expectativa é que os preços se mantenham em alta até o inicio da próxima colheita entre janeiro e fevereiro. Porém, Lüders ressalta que a disponibilidade de oferta na safra também será menor - se comparado a outros anos - por conta das intempérie climáticas que estão atingindo diversas regiões produtores do país, como Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande de Sul e Paraná.

Além disso, o analista lembra que a demanda deve ser crescente uma vez que em momentos de crise a população passa a restringir o consumo de supérfluos, substituindo pelos produtos básicos com arroz e feijão.

"Hoje ainda não temos o reflexo de tudo isso (alta) que está acontecendo nos últimos 45 dias no mercado do feijão, nas gôndolas, mas quando isso acontecer o impacto será forte e poderá estimular ainda mais a demanda", ressalta Lüders.

Tags:

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Irga informa que o acompanhamento da evolução da safra será retomado paralelamente ao retorno da colheita
Ibrafe: Colheita avança no Paraná
ANA e INPE lançam publicação que atualiza dados sobre irrigação de arroz no Brasil
Abiarroz intensifica ações para abertura do mercado chinês ao arroz brasileiro
Federarroz monitora situação das chuvas em lavouras arrozeiras gaúchas