Em Ivaiporã (PR), produtores finalizam a colheita do feijão 1ª safra e relatam perdas na qualidade do grão

Publicado em 03/02/2016 10:02
Apesar da perda de qualidade devido ao excesso de chuvas, produtores conseguiram negociar a safra com preços de até R$ 120,00 a saca do feijão. Demanda foi maior, especialmente de compradores de fora do estado. Para a segunda safra, agricultores de Ivaiporã (PR) iniciam o plantio e a perspectiva é de clima melhor.

De acordo com informações do Deral (Departamento de Economia Rural), a colheita do feijão 1ª safra já alcançou 85% da área semeada nesta temporada no estado do Paraná. Em Ivaiporã, os produtores finalizaram os trabalhos nos campos e assim como em outras regiões produtoras do país, a qualidade dos grãos foi afetada pelo excesso de chuvas.

Na maioria dos núcleos regionais, as lavouras sofreram os impactos das chuvas excessivas e da baixa luminosidade. Com isso, a perspectiva é que haja uma queda de 12% na produção estimada para o estado nesta safra, de 334,769 mil toneladas. A estimativa é que os produtores deixarão de colher 40 mil toneladas, resultando em uma produção de 294.540 mil toneladas.

O corretor de feijão de Ivaiporã, Márcio Makita, ressalta que muitas áreas prontas para a colheita receberam até 20 dias de chuvas. “Tivemos muito feijão manchado, brotando nas lavouras. Muitos não conseguiram realizar a colheita, abandonaram as plantações e acionaram o seguro. Além disso, tivemos uma redução na área cultivada com o grão, já que muitos agricultores deram preferência para a soja”, ressalta.

Ainda assim, os produtores que colheram negociaram a saca do grão entre R$ 100,00 até R$ 120,00. Já o feijão de melhor qualidade foi disputado e comercializado a patamares mais altos, entre R$ 180,00 a R$ 210,00 a saca. “A demanda foi forte pelo produto, especialmente por parte dos compradores de fora do estado. O produto foi destinado ao Nordeste e Norte do país”, explica Makita.

Nesse momento, os agricultores investem no plantio da 2ª safra de feijão. E, ainda segundo dados do departamento, em todo o estado a semeadura já está completa em 57% da área estimada. “A perspectiva é que o clima seja melhor e, por enquanto, os preços ainda estimulam os produtores”, acredita o corretor.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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