Safra de arroz começa com menor pressão sobre as cotações já que as expectativas são de oferta ajustada após quebra de 15% na produção

Publicado em 16/02/2016 11:51
Brasil deve colher 7,4 milhões de toneladas contra 8,6 milhões da safra anterior

Aos poucos o Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, inicia a colheita do grão e as perspectivas de preço são mais positivas neste ano. Após a quebra de 15% na safra, devido às condições climáticas adversas, o setor espera uma oferta bastante ajustada que deve impulsionar as cotações.

A Abertura Oficial da Colheita do Arroz acontece nesta quinta-feira (18), em Alegrete (RS), mas a fronteira oeste do estado já iniciou os trabalhos de colheita. De acordo com o presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), Henrique Osório Dornelles, as primeiras áreas têm apresentado rendimento abaixo da média.

Com a quebra de aproximadamente 15%, a produção do estado deve totalizar 7,5 milhões de toneladas nesta temporada. Ainda assim, o volume não indica risco de desabastecimento, "muito em função do Mercosul que deverá aumentar as exportações ao Brasil", explica Dornelles.

E mesmo com a oferta bastante ajustada, o setor não pretende reduzir a participação nas exportações. Para não perder a posição no mercado internacional o país deverá importar aproximadamente 1 milhão de toneladas e continuar com a marca de 1,3 milhão de toneladas destinado ao mercado externo.

Esse ajuste também deverá impossibilitar quedas expressivas no preço do arroz, que historicamente ocorre no período de safra. "Isso não quer dizer que o produtor terá mais folga, porque os custos de produção estão extremamente elevados, coincidindo isso com uma produtividade menor, o cenário não resultará em maior renda no campo", explica o presidente.

De acordo com o indicador Cepea-Esalq a referencia para o estado está R$ 42,00 a saca, mas para Dornelles, considerando a elevação dos custos, o preço deveria estar acima de R$ 45,00/sc para trazer rentabilidade aos produtores.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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