Feijão carioca registra nova alta na semana e cotações voltam a se aproximar dos R$400,00/saca

Publicado em 19/08/2016 13:56
Apesar de mercado aparentemente calmo, feijão preto surge como alternativa interessante para o plantio na safra de verão

Nesta semana, o preço do feijão carioca volta a se aproximar dos patamares de R$400/saca. De acordo com o analista Marcelo Lüders, da Correpar, a baixa oferta e o aumento da demanda mercado interno são alguns dos fatores responsáveis por essa alta.

No final da última semana, os preços oscilavam de lado, entre R$300/saca, R$320/saca e chegaram a R$380/saca. O mercado, segundo o analista, ainda está calmo, mas as conversas entre os produtores indicam que esses preços devem se manter.

“Quando o preço está caindo, desaparecem os compradores, porque ninguém sabe onde o preço vai parar. Quem comprou feijão na semana passada e apostou, nessa semana ganhou mais de 10%”, aponta Lüders.

A demanda, por sua vez, está um pouco maior do que o esperado para este período do mês. Cria-se uma expectativa para saber como o mercado irá se comportar na próxima semana, mas o cenário é favorável para os produtores.

“O cenário que a gente tem é de maior demanda daqui pra frente”, conta o analista. O mercado, de acordo com ele, têm fôlego para novas altas e depende muito do comportamento do produtor e das questões climáticas. “É um mercado muito justo. Qualquer aumento de demanda vai implicar no aumento dos preços”.

A falta do feijão do nordeste baiano, que enfrenta problemas climáticos e quedas na produção de até 90%, também contribui para o cenário de escassez de oferta.

Até o momento, todos os inícios para a expectativa de plantio da safra de feijão são de que a área irá aumentar um pouco, mas não é proporcional ao nível de alcance dos preços do mercado.

No mercado do feijão preto, os preços seguem em torno de R$280/saca, mas também há uma expectativa de aumento de preços devido à baixa oferta. Para o plantio das águas, o feijão preto é uma alternativa de plantio para os produtores.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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