Clima seco e temperaturas elevadas podem reduzir rendimento das lavouras de trigo no Paraná

Publicado em 18/07/2018 11:03
Em uma semana, índice de lavouras em boas condições recuou de 82% para 75%. Lavouras mais penalizadas estão localizadas no norte do estado. Ainda assim, produção é estimada em 3,36 milhões de toneladas nesta temporada. Área cultivada cresceu 7% em relação ao ano anterior. Colheita deve iniciar no final do mês de agosto.
Carlos Hugo Godinho - Engenheiro Agrônomo do Deral

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Entrevista com Carlos Hugo Godinho - Engenheiro Agrônomo do Deral sobre o Panorama da safra do Trigo no PR

 

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A falta de chuvas e as temperaturas elevadas acenderam o sinal amarelo para a safra de trigo no Paraná. De acordo com levantamento do Deral (Departamento de Economia Rural), em uma semana, o índice de lavouras em boas condições recuou de 82% para 75%. Até o último dia 16 de julho, 20% das plantações apresentavam condições medianas e 5% tinham condições ruins.

"O período seco, especialmente no Norte e no Norte Pioneiro tem afetado negativamente o desenvolvimento das lavouras, o que pode fazer com que não alcancemos todo o potencial produtivo nessas áreas. Contudo, as plantações do Sul e Oeste do estado ainda podem surpreender positivamente e compensar esse volume que pode ser perdido na região Norte", explica o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

Além disso, o especialista ainda reforça que o retorno das chuvas e a queda nas temperaturas ainda podem recuperar parte desse potencial produtivo das lavouras. "Podemos ter perdas pequenas e nem terminamos o plantio do trigo ainda. Podemos acompanhar a continuidade da falta de chuvas e até mesmo ter problemas com geadas futuramente", completa.

Já em relação à qualidade do trigo será definida mais adiante, já que a maior parte das plantações está em período vegetativo. E, por enquanto, a estimativa é de uma safra próxima de 3,36 milhões de toneladas nesta temporada. A área cultivada apresentou um acréscimo de 7%, ultrapassando 1 milhão de hectares cultivados.

"O número não está muito longe da realidade, já que as interferências climáticas são pequenas ainda para mudar essa estimativa. E o nosso rendimento pode chegar a 3.100 mil quilos por hectare. As primeiras áreas deverão ser colhidas no final de agosto", sinaliza Godinho.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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