Produção de rações no Brasil cresceu 4% em 2021 e deve subir mais 3,5% este ano, aponta Sindirações

Publicado em 05/05/2022 16:13
Projeção para aumento na produção de rações de carne bovina e suína deve ser mais tímido em 2022, enquanto para o frango deve aumentar mais do que o registrado em 2021
Ariovaldo Zani - CEO do Sindirações

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Entrevista com Ariovaldo Zani - CEO do Sindirações sobre o Balanço Ração Animal

Amparado pelas exportações de proteínas animais, o crescimento na produção de rações no Brasil em 2021 aumentou 3,9%, segundo dados divulgados pelo Sindirações. Este número engloba não apenas as rações destinadas às criações para produção de proteínas animais, mas também o setor pet. Segundo o CEO da entidade, Ariovaldo Zani, a perspectiva é que o aumento este ano, no panorama geral, seja de 3,5%, também suportado pelo comércio exterior. 

"No ano passado, o que puxou este aumento foi a exportação de carne suína e de frango, e a China foi o grande motivador dessa elevação", explica a liderança. 

Zani pontua ainda que o crescimento em 2021 foi um pouco abaixo do esperado devido à baixa demanda interna por proteínas animais devido ao cenário macroeconômico de desemprego e descapitalização de parte dos brasileiros. 

Comparando os dados obtidos em 2021 para as principais proteínas animais (suína, bovina, frango de corte e ovos) com as perspectivas para 2022, há uma diferença principalmente olhando para o setor de avicultura.

Enquanto as rações para carne bovina e suína tiveram aumento proeminente em 2021, este crescimento deverá ser mais tímido em 2022. Já para a avicultura de corte e de postura, o percentual de ampliação na produção neste ano deve ser maior do que no anterior.

Segundo o CEO do Sindirações, isso se dá porque além das exportações de carne de frango aquecidas e mais pulverizadas para outros países, há taqmbém a demanda interna tanto para a carne da ave quanto para o ovo, que costumam ser produtos mais baratos e que se tornam a alternativa da população quando a possibilidade de compra de carne bovina diminui. 

Em relação aos custos de produção, Zani explica que não deve haver uma queda drástica, uma vez que há uma crise global de disponibilidade e preços das commodities. "Não acredito que deva faltar insumos, mas vai continuar sendo caro produzir rações".

Outro gargalo que deve permanecer globalmente e seguir afetando também o Brasil é a questão logística que, além de os fretes terem ficado mais caros, a disponibilidade de contêineres e linhas marítimas diminuiu.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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