Com chuvas e preços mais altos, produtores antecipam a colheita da mandioca em Paranavaí (PR)

Publicado em 13/06/2017 10:13
Cleto Lanziani Janeiro - Produtor Rural
Chuvas não atrapalham o andamento da colheita, mas afetam a qualidade da mandioca. Produtividade das lavouras de um ciclo gira em torno de 45 a 50 toneladas por alqueire. Custos de produção estão próximos de R$ 0,60 por grama de amido e preço em torno de R$ 0,85 por grama de amido.

Em meio às chuvas e também aos preços mais altos, os produtores rurais de Paranavaí (PR) estão antecipando a colheita da mandioca. Boa parte dos agricultores está colhendo as plantações de 1 ano, mesmo com a produtividade mais baixa entre 45 a 50 toneladas por alqueire. Em áreas com 2 anos, o rendimento médio pode ficar entre 75 a 80 toneladas por alqueire.

“Temos valores próximos de 0,85 centavos por grama de amido, contra um custo de produção de 0,60 centavos por grama em áreas com 2 anos. E também temos a necessidade de fazer caixa em um período difícil e mesmo com a produtividade mais baixa os produtores colhem devido ao preço e investem em novo plantio”, explica o produtor rural, Cleto Lanziani Janeiro.

Além disso, o agricultor reforça que algumas variedades cultivadas sofreram e apodreceram com as chuvas. Consequentemente, houve perdas na qualidade da mandioca em função do excesso de umidade no solo. As áreas recém-plantadas também foram afetadas pelas precipitações e, em alguns casos, os produtores tiveram que realizar o replantio.

Geadas

Além das chuvas, os produtores rurais também estão atentos às temperaturas mais baixas. “É uma preocupação, mas ainda não tivemos a ocorrência de nenhuma geada forte. E esse evento climático pode queimar a rama ou até mesmo queimar a brotação. Por isso, os produtores precisam estar atentos e tomar medidas preventivas”, destaca o agricultor.

Demanda

Diante da baixa disponibilidade de raiz no mercado, muitas indústrias da região buscam a matéria prima em outras regiões, como em Mato Grosso do Sul e São Paulo. “E esse é um fator que também deixa os produtores apreensivos, já que esse produto compete com o que é produzido na nossa região”, diz Janeiro.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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