Com a menor safra dos últimos 20 anos, preços da caixa de laranja atingem patamares acima de R$ 25,00 no interior de SP

Publicado em 22/11/2016 12:05
Mas produtor deve ter cautela e concentrar investimentos apenas na melhora de produtividade e evitar ampliação de áreas, para que preços continuem firmes nas próximas safras
Confira a entrevista com Marco Antônio dos Santos - Pres. Sind. Rural de Taquaritinga

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Mas produtor deve ter cautela e concentrar investimentos apenas na melhora de produtividade e evitar ampliação de áreas, para que preços continuem fir

 

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Com a menor safra dos últimos 20 anos, os preços da laranja então em alta no Brasil. Devido a condições climáticas adversas, a estimativa da safra de laranja 2016/17 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, realizada pela Fundecitrus, projeta produção em 249,04 milhões de caixas, de 40,8 kg cada.

De acordo com o presidente do sindicato rural de Taquaritinga (SP), Marco Antônio dos Santos, no mercado de fruta fresca os produtores recebem acima de R$ 30 pela caixa vendida. Já na comercialização com as indústrias a cotação é superior a R$ 25/cx.

A safra que está em 50% colhida e que deve ter seus trabalhos de campo finalizados entre fevereiro e março de 2017, ainda pode ter novas subidas de preço. "É possível novos reajustes ao longo da safra e, esses patamares devem permanecer nos próximos anos", acredita Santos.

A expectativa positiva para as cotações está baseada no elevado volume de erradicação nos pomares, em função da baixa rentabilidade dos últimos anos e problemas com doenças. Assim, não são esperados aumentos significativos na produção nas temporadas seguintes.

Além disso, a estimativa do setor é de estoques baixos. A CitrusBR projeta que os estoques finais de suco de laranja do Brasil em todo o mundo poderiam somar apenas cerca de 2 mil toneladas em 16/17, ante 351,6 mil toneladas na temporada anterior, nível já relativamente baixo ante os anos recentes.

E, muito embora as cotações estejam atrativas, Santos destaca que, "seria um bom preços se tivessem alcançado produtividade alta, portanto, consideram valores equilibrados e a lucratividade ainda baixa", diz o presidente.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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