Oferta restrita impulsiona preços e caixa de 40,8 kg da laranja pera é cotada a R$ 30,00

Publicado em 16/03/2018 11:10
Rentabilidade depende do custo de produção de cada produtor. Apesar da alta nos preços, valor ainda está abaixo da média registrada no mesmo período do ano anterior. Para a safra 2018/19, a perspectiva é de um equilíbrio entre a oferta e a demanda, o que pode gerar oportunidades de negociação aos citricultores.
Confira a entrevista com Fernanda Geraldini - Analista de Mercado do Hortifruti Brasil

Com a oferta restrita, os preços da laranja pera temporã aumentaram e a caixa 40,8 kg está sendo negociada a R$ 30,00. Neste ano, as cotações reagiram em fevereiro e agora em março está com mais força por conta da entressafra.

De acordo com a analista de mercado do Hortifruti Brasil, Fernanda Geraldini, o primeiro trimestre do ano é de valorização da laranja pêra. “É um período que consideramos entressafra da fruta, sendo que é a principal variedade que vai para o mercado de mesa”, destaca.

Neste cenário de entressafra, os produtores rurais não têm volumes suficientes da fruta para estar realizando as negocias. “As referências atuais são relativamente boas para a variedade, apesar de menor do que o mesmo período do ano passado”, afirma.

Em relação à rentabilidade, a analista explica que é muito difícil definir uma média dos custos de produção na citricultura, pois cada agricultor tem uma particularidade. “É importante que cada produtor fique atento com os custos de produção para saber se a atividade é rentável para ele”, diz.

No inicio do ano de 2017, o mercado estava sendo abastecido com o restante da safra 2016/17, que foi a menor produção do estado de São Paulo e a oferta ficou restrita.  Nesta temporada, o cenário é oposto já que as frutas que estão sendo colhidas agora são o restante da safra 2017/18.

Contudo, o cenário de oferta e demanda a perspectiva é que tenha um equilíbrio, e assim, gerando boas oportunidades de negociações aos produtores. “Nos anos em que existe uma boa demanda industrial, o mercado tende a ser mais favorável”, finaliza a analista.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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