CNA alerta: com tabela obrigatória de fretes não tem acordo
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Entrevista com Elisangela Pereira Lopes - Assessora Técnica da CNA sobre o Tabela dos fretes
O Notícias Agrícolas dá sequência à discussão a respeito do posicionamento dos caminhoneiros em relação ao Governo Federal. Para ouvir o outro lado - que é a cadeia do agronegócio - nós conversamos com Elisângela Pereira Lopes, assessora técnica da CNA.
Com mais um aumento confirmado pelo Governo, corrigindo a tabela de fretes anterior, Lopes visualiza que alguns impactos devem se fazer presentes para o produção rural. Ela ressalta que os "prejuízos são inúmeros" e "já conhecidos pelo setor".
O aumento dos fretes, segundo estudo da CNA, considerando um transporte de Sinop (MT) ao Porto de Santos, reflete nos lucros de alguns produtos essenciais, como o milho. Com a manutenção da tabela, fica insustentável produzir milho no Brasil, como ressalta Lopes.
Caso a tabela seja cumprida, os produtores terão de buscar outras alternativas. No ano passado, essa situação também chegou a inviabilizar a negociação, perdendo competitividade tanto no mercado interno como também no mercado internacional.
Desde maio de 2018, o aumento de preços foi de 6,12% - ou seja, eles foram reajustados acima da inflação, impactando diretamente no produto final.
Linha do BNDES para caminhoneiros deve demorar até 45 dias, dizem fontes
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A linha de financiamento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para caminhoneiros só deve estar disponível entre maio e junho, disseram fontes próximas ao assunto.
Segundo as fontes, que falaram em condição de sigilo, a adequação dos sistemas do banco aos dos bancos de varejo que vão repassar os recursos deve levar de 30 a 45 dias. Como o BNDES não tem agências, repassa os recursos para terceiros.
"A adequação de sistemas não é algo automático. Leva um tempo entre o anúncio, a adaptação e a adequação dos sistemas do BNDES e dos agentes financeiros", disse uma das fontes. "Perto de meados do ano parece ser um prazo razoável. Há bancos que são muitos rápidos nessa adaptação e outros nem tanto".
A linha de financiamento de 500 milhões de reais prevê um teto de 30 mil reais para cada motorista que pode usar os recursos para manutenção e troca de pneus.
O programa foi lançado em meio a especulações de uma nova greve da categoria que estaria insatisfeita com os preços do diesel. No ano passado, uma greve dos caminhoneiros parou o país e provocou uma baque na economia brasileira.