Em Sta. Terezinha do Itaipu (PR), chuvas registradas na semana passada afetaram a qualidade do milho safrinha

Publicado em 02/06/2015 11:57
Em Sta. Terezinha do Itaipu (PR), chuvas registradas na semana passada afetaram a qualidade do milho safrinha. Produtividade inicial gira em torno de 120 sacas a 130 sacas por hectare. Preços caíram de R$ 22,00 para R$ 19,00 a saca na localidade. Valor cobre os custos de produção, porém, deixa margem ajustada aos produtores.

As chuvas registradas na semana anterior afetaram a qualidade do milho safrinha na região de Santa Terezinha do Itaipu (PR). O produtor rural da cidade, Ademir Fontana, destaca que há milho ardido na localidade e, nas lavouras mais novas, o clima foi bastante favorável ao aparecimento de doenças, principalmente a ferrugem.

“E caso o cenário seja mantido, as perdas aos produtores poderão ser maiores”, afirma Fontana. Além disso, com as precipitações, nas máquinas ficaram paradas ao longo da semana anterior e os trabalhos nos campos foram retomados a partir desta segunda-feira, já que o clima está mais seco na região, o que favorece a colheita.

E, apesar da colheita estar no início, o produtor sinaliza que a produtividade média gira em torno de 120 sacas a 130 sacas de milho por hectare. “É uma boa média, mas não devemos fechar com esse número. Outra preocupação é que queda rápida nos preços do cereal”, diz o produtor.

Na região, a saca do milho recuou de R$ 22,00 para R$ 19,00, recentemente. Consequentemente, Fontana ressalta que, nesse patamar os produtores mal conseguem cobrir os custos de produção e a margem fica muito ajustada.

“Não há como fazer investimento, já com o valor um pouco mais alto sobraria recursos aos produtores. E, diante dessa perspectiva, a estratégia do produtor rural será segurar o produto à espera de melhores oportunidades. Acreditamos que as cotações voltarão a subir, especialmente por conta do dólar mais valorizado”, explica o produtor.

Safra 2015/16

Paralelamente, as compras da próxima safra permanecem lentas e estão atrasadas se comparadas com o mesmo período de 2014. “Não adquirimos quase nada, os recursos ainda não foram liberados e os adubos já estão mais altos, assim, como o óleo diesel. O cenário está muito tumultuado, a única certeza é o custo de produção mais alto na próxima safra”, acredita Fontana.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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