Em Caarapó (MS), colheita do milho safrinha chega a 8% e produtividade média está em 80 scs/ha

Publicado em 03/07/2015 11:13
Em Caarapó (MS), colheita do milho safrinha chega a 8% e produtividade média está em 80 scs/ha. Chuvas dos últimos dias interromperam os trabalhos nos campos e a preocupação é em relação à qualidade do grão. Preços da saca do cereal recuaram de R$ 20,00 para R$ 16,50 e não cobrem os custos de produção. Produtores deverão segurar o produto à espera de melhores oportunidades.

A colheita do milho safrinha chega a 8% na região de Caarapó (MS). Nesse momento, os trabalhos nos campos estão parados devido às chuvas registradas nos últimos dias, o que eleva as preocupações em relação à colheita e, principalmente a qualidade do grão. Por enquanto, a produtividade inicial gira em torno de 80 sacas do grão por hectare.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Umberto Maran, o rendimento inicial não é tão alto devido ao ataque do percevejo nas lavouras. “Tivemos uma perda ao redor de 15%, porém, a produtividade média deverá ficar acima da média das últimas temporadas, de 85 sacas de milho por hectare”, destaca.

Em contrapartida, os preços do cereal recuaram na localidade de R$ 20,00 para R$ 16,50 até R$ 17,00, em função do avanço na colheita.  “São preços baixos e não cobrem os custos de produção. E a preocupação é que com o avanço nos trabalhos nos campos, as cotações recuem ainda mais”, ressalta Maran.

Alguns produtores conseguiram fechar contratos ao redor de R$ 20,00 a R$ 21,00 a saca do cereal. Com isso, os produtores deverão segurar o produto à espera de melhores oportunidades de comercialização, porém, muitos precisarão quitar compromissos no mês de agosto, conforme sinaliza o presidente do sindicato.

Safra 2015/16

Enquanto isso, os produtores da localidade seguem com o planejamento da próxima temporada. Os contratos futuros para a soja estão entre R$ 59,00 a R$ 60,00 a saca. “A preocupação é em relação à comercialização da próxima temporada. Temos um custo de 20 a 22 sacas do grão por hectare até o momento, porém, não sabemos o que irá acontecer no próximo ano”, finaliza Maran.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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3 comentários

  • ROBSON FRANCO Caarapó - MS

    Olavo, vai voltar pra la para tomar chimarrão o dia todo né. kkk

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Robson..Crissiumal é uma bela cidade...tem um boa banda musical a anima bailes como poucas...ainda sim perto de Santa Rosa...Tenente Portela...Frederico...terra boa..

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  • Olavo Tindade Caneppele Caarapó - MS

    Adalto,o lucro das lavouras de milho para nós é a palhada que fica na lavoura... O preço gira de R$ 17,00 a R$ 18,00. Se não melhorar vou voltar para Crissiumal RS

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    • Rogerio mendes lopes Morrinhos - GO

      Ou a gente diminui a oferta de alimentos ou ficamos sempre nessa,já notaram que o item alimento é o único que mantém a inflação comportada,ou seja,sempre pagamos a conta!O sr. Telmo Heinen vive falando disso aqui,e a gente não ouve!Até quando?

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    • Carlos Roberto Delaflora São Valério do Sul - RS

      VAI MUDAR PEDRAS DE LUGAR ??? EM CRISSUMAL ??

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  • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

    Aos amigos produtores rurais de milho safrinha do MS / MT: Colhendo 90 sc por ha de milho aos atuais custos, há retorno econômico? Qual valor está sendo comercializado o milho por aí e qual o custo por hectare?

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      Sem dúvida, a palhada é um grande benefício quanto a proteção do solo e sua decomposição faz com que a matéria orgânica que vá melhorando. O problema atual da agricultura é que com esses custos, o retorno tem que ser imediato, não pode esperar pra safra seguinte. Mesmo assim boa sorte ao amigo Olavo e aos demais.

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    • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

      Se o objetivo for palhada, milho safrinha não é solução devido ao alto custo de implantação. Para o MS sugiro brachiarias, custo muito próximo a zero palhada(massa seca), pelo menos 10 x mais, durabilidade no solo muito maior( mulching) reestuturação de solo : infinitamente melhor: Porque poucos fazem: Não há colheita

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Senhores...vejo gauchos e paranaenses e alguns goianos reclamando do milho safrinha do MT e MS...ora alguém acha que os complexos de aves e suinos e perús de uma região de goiás se tivesse milho barato e com abundancia no oeste de SC e e no RS...os complexos de aves e suinos do oeste do Paraná falo de Toledo..quando a sadia lá investiu o fez porque!!! milho abundante e mais barato que Concordia e Cahpecó...então produtores do MT e MS..plantem o milho safrinha sem quebrarem e verão ao longo do tempo que os investimentos virão..ou seja não há colheita sem plantio..ninguém vai investir em ampliação significativa nos 3 estados do sul e sim onde tem milho e soja abundante e mais barato....

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      Plantar sem quebrar, justamente é esse o desafio com milho industria a esses preços. Plantar pensando que vai ajudar a cadeia produtiva, não paga as contas no final da safra. O preço dos insumos aumentam visando o lucro de quem os produz. Então poque com o produtor será diferente?

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      a coisa é um pouco mais complexa, fora a questão da palhada, existe a o fato custo fixo X escala de produção (proporcional ao tamanho da propriedade). Propriedades no MT são bem maiores na media geral que no sul do Brasil, com isso a diluição dos custos fixos é diferente, mesmo o milho estando ruim de preço, a entrada do capital de giro da segunda safra é essencial para manter o funcionamento da propriedade.

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    • beto palotina - PR

      todo mundo reclama mais ninguem diminui nada agricultor e assim so sao unidos na hr de reclama

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