Com as chuvas, colheita do milho safrinha segue atrasada e chega a 12,4% no MS

Publicado em 23/07/2015 15:48
Colheita do milho safrinha segue atrasada e chega a 12,4% no MS devido às chuvas recentes. Região Sul do estado é a mais atingida. Contudo, perdas são pontuais e estado deve colher 8,3 milhões de toneladas do grão. Cerca de 30% da safrinha já foi comercializada antecipadamente, contra os 50% registrados no mesmo período do ano anterior.

No Mato Grosso do Sul, a colheita do milho safrinha segue levemente atrasada devido às chuvas recentes e, chega a 12,4%. No mesmo período no ano passado a colheita girava em torno de 25%. Já foi colhido no estado cerca de 1 milhão de toneladas do grão.

Para Leonardo Carlotto, analista técnico da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, outra questão que dificultou a colheita neste período foi o atraso no plantio nos meses de fevereiro e março deste ano, adiando o ciclo da cultura. “Se o tempo favorecer, dentro de três semanas recuperamos esse atraso e evoluímos normalmente para o final da colheita”, conta.

 
Ainda segundo o analista, as chuvas não vão afetar a qualidade do milho nessa safra. Algumas regiões no Sul do estado enfrentam problemas pontuais como o milho ardido, mas deve afetar apenas 1% de toda a safra. “mesmo a cultura sendo bem resistente, alguns grãos foram danificados”, explica.
 
Já para a produção dessa safra, as projeções continuam otimistas. Segundo ele, a previsão era de 7,9 milhões de toneladas, mas essa quantia pode ser ainda maior, chegando a 8,3 milhões. 
 
“Como não aconteceram as geadas que causam maiores danos e, as chuvas também foram favoráveis, estamos trabalhando com este número acima do esperado. São médias de produtividade que os técnicos trazem dos campos, buscando esse potencial nesse nível de produtividade e produção. Podemos até superar este número, visto que foram muito bem as lavouras e as perdas bem reduzidas”, afirma.
 
Preços

Até o momento, a comercialização antecipada do milho safrinha, chega a 30%. No ano passado o número era maior, chegando a 50%, porém, com os preços mais baixos, observados no início da temporada, o produtor rural ficou mais cauteloso para fazer essa comercialização.


“O que aconteceu nas últimas semanas, foi um leve acréscimo no valor da saca e isso fez com que os produtores soltassem um pouco o cereal, até do que já estava estocado das safras passadas, bem como o milho da safra atual. O preço da saca na semana passada girava em torno de R$ 18,50, e a partir da última sexta- feira (17), houve uma pequena valorização e a saca passou para R$ 19,00. Esse valor já agradou os produtores e eles negociaram um pouco mais”, revela o analista.
 
Soja
 
Do mesmo modo, a cultura da soja da nova safra 2015/16 segue com boas expectativas. Carlotto explica que por ser a principal cultura do estado o aumento de área de produção pode chegar a 2% nesta safra. “O produtor sempre espera boa produtividade e bons preços. Vimos que os preços estão se mantendo e até tendo um acréscimo, então ele entra na safra animado”, explica.
 
Porém, os custos de produção aumentaram. Isso se deve à valorização na tecnologia, aumento dos insumos, adubos e óleo diesel. Segundo o analista, esse reajuste não será muito significativo. “Se o produtor gastava R$ 1.300, vai gastar R$ 1.350, mas tem outros custos que devem ser analisados, porém a base para o custo operacional é essa”, finaliza

 


 
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Por:
Fernanda Custódio//Nandra Bites

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