Em Buri (SP), produtores finalizam a colheita do milho safrinha e perdas podem superar os 30%

Publicado em 20/07/2016 11:14
Lavouras foram afetadas pela estiagem, ventos fortes e as geadas antecipadas. Saca é cotada a R$ 42,00 na região, mas produtores aguardam preços mais altos para negociar, entre R$ 45,00 e R$ 47,00/sc. No trigo, área cultivada com o cereal é menor nesta safra e produtores estão atentos ao clima. Tonelada do grão é negociada próxima de R$ 900,00.

Na região de Buri (SP), os produtores rurais estão finalizando a colheita do milho safrinha e a perspectiva é de uma quebra próxima de 30% na produção nesta temporada. Assim como em outras localidades do país, as lavouras também foram afetadas pelo clima irregular, especialmente a estiagem, os ventos fortes e a ocorrência de geadas.

“Quem plantou no início de março perdeu praticamente toda a produção, uma vez que as plantas estavam na fase crítica de desenvolvimento e foram atingidas pelas geadas. Se não tivéssemos tido a ocorrência do evento climático, poderíamos ter colhido entre 100 a 120 sacas por hectare, porém, perdermos no peso dos grãos e o rendimento ficou próximo de 87 sacas por hectare”, explica o produtor rural da região, Frederico d’Avila.

Paralelamente, os preços voltaram a reagir e, atualmente, a saca é cotada próxima de R$ 42,00 na localidade. Contudo, os negócios estão parados, uma vez que, os produtores aguardam patamares mais elevados, entre R$ 45,00 a R$ 47,00 a saca para voltarem a comercializar. “Acreditamos em valores um pouco mais altos, pois não será possível atender toda a demanda do mercado com o volume de milho que virá pela frente”, reforça o agricultor.

Trigo

A área cultivada com o trigo é menor nesta temporada na região de Buri. Isso porque, no momento do planejamento da safra de inverno, muitos produtores optaram pelo milho devido aos preços mais atrativos. E as lavouras cultivadas mais cedo, no mês de abril, também foram afetadas pela ocorrência das geadas.

“As plantações semeadas entre abril e a primeira quinzena de maio apresentam bom desenvolvimento, principalmente nas áreas irrigadas. No sequeiro, a estiagem acabou afetando algumas lavouras. Já as cultivadas tardiamente, entre 15 de maio até o mês de junho, têm bom desenvolvimento. Só estamos atentos ao clima, pois há uma previsão de geada para a primeira semana de agosto, que se confirmada poderia afetar as plantas na fase crítica, soltando cachos ou no emborrachamento, e comprometer a qualidade e produtividade do trigo”, pondera o produtor rural.

Já em relação aos preços, o agricultor sinaliza que nesse momento a tonelada é cotada a R$ 900,00. “Acredito que se confirmarmos essa geada podemos ter uma diminuição da oferta e também da qualidade do cereal”, completa. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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