Milho: Preços abaixo do custo de produção e atraso no plantio da soja podem reduzir em até 18% a segunda safra do cereal em MT

Publicado em 21/11/2017 10:20
Projeção do IMEA fala em redução de até 6 milhões de toneladas em comparação à segunda safra de 2017
Confira a entrevista com Ângelo Luis Ozelame - Gestor Técnico do IMEA

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De acordo com o levantamento do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA), uma primeira estimativa para a safrinha de milho no Mato Grosso dá conta de que a produção poderá ter uma queda de 18,27%, passando para 24,7 milhões de toneladas.

Ângelo Luis Ozelame, gestor técnico do IMEA, explica que essa queda é justificada por uma menor área, que passará de 4,7 milhões de hectares para 4,2 milhões de hectares - queda de 10% -  e dos preços baixos, que desestimulam os produtores. Somado a esses fatores também está o atraso do início da semeadura da soja, que ocorreu de forma mais tardia do que no ano passado.

A produtividade, por sua vez, pode cair de 107 sacas por hectare para 97 sacas por hectare. O clima, que também afetou a soja, pode ainda incidir sobre o milho.

Os preços no estado ficaram abaixo do preço mínimo, de R$16,50/saca, ao longo do ano. A pressão, causada pela safra recorde do cereal no país, começa a melhorar em algumas partes que possuem um mercado interno mais forte, mas, na média do Mato Grosso, a situação continua. Este fator também impediu uma rápida comercialização: ainda faltam 10% da safra 2016/17 a serem comercializados, embora os leilões tenham conseguido ajudar no escoamento dessa safra.

Contudo, a safra de soja pode fazer com que 30% do milho safrinha seja plantado fora da janela ideal. Os produtores não deixariam de plantar, mas podem ter uma menor produtividade e um menor uso de tecnologias. Segundo Ozelame, a definição dos preços irá limitar ou não a tecnologia a ser utilizada.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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