Com mais de 30 dias sem chuvas, lavouras de milho safrinha registram perdas de até 40% em Maringá (PR)

Publicado em 02/05/2018 11:56
Previsões não indicam chuvas nos próximos dias na região e cenário pode se agravar. Plantas apresentam requeima das folhas e grande parte da produção está em fase reprodutiva. Com clima favorável, rendimento médio é de 80 sacas do grão por hectare em Maringá. Apesar da quebra, preços permanecem estáveis e saca é cotada a R$ 30,00 na localidade.
José Antônio Borghi - Presidente do Sindicato Rural de Maringá/PR

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Acompanhamento de safra do milho com José Antônio Borghi - Presidente do Sindicato Rural de Maringá/PR

 

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Na região de Maringá/PR, os produtores rurais estão preocupados com a estiagem que já dura 30 dias e está comprometendo as lavouras de milho safrinha com perdas em torno de 40% a 50%. Contudo, este cenário pode se agravar, pois não previsões de chuvas para os próximos dias.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, José Antônio Borghi, as plantas estão sendo afetadas com a requeima das folhas em função da baixa umidade no solo e as altas temperaturas.  “Por conta das lavouras milho estarem no estágio de floração, na qual exige muita umidade no solo e o prejuízo vai ser significativo”, afirma.

No entanto, boa parte dos agricultores possui seguro agrícola das suas propriedades. “Devido ao alto custo de produção, os produtores tem colocado as suas lavouras amparadas por seguro”, destaca.  

Em relação à produtividade, a liderança ressalta que em anos que o clima contribui o rendimento médio chega a ser de 80 sacas do grão por hectare. Na localidade, os agricultores já começaram a fazer o planejamento para a safra de verão devido ao valor do dólar.

Comercialização

Apesar da estiagem, a referência para o milho balcão gira em torno de R$ 30,00 a saca, tendo em vista que os preços nestes patamares não cobrem os prejuízos dos produtores. “Vai ser muito difícil cobrir os custos das lavouras e com essa perspectiva de diminuir a demanda devido aos problemas no setor da avicultura”, finaliza.

Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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