Paraguai também sofre com a seca para o milho, mas produção ainda está em aberto

Publicado em 04/06/2021 11:00 e atualizado em 04/06/2021 11:44
Clima neste mês de junho será fundamental para definir tamanho da produção com muitas lavouras em enchimento de grãos e outras ainda entrando nesta fase. Por outro lado, condições do mercado são favoráveis e podem ajudar a compensar as perdas de produtividade
Esther Storch - Diretora Sócia da DASAGRO - Corretora & Consultora de Agronegócios

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Paraguai também sofre com a seca para o milho, mas produção ainda está em aberto

 

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Assim como muitas regiões brasileiras, a segunda safra de milho no Paraguai também sofre com as condições climáticas adversas como a falta de chuvas. O plantio no país vizinho também aconteceu mais tarde do que o normal e as perdas na projeção de produção já começam a aparecer.

Segundo a corretora e consultora de agronegócios, Esther Storch, 70% das lavouras foram plantadas fora da janela ideal, sendo que 30% acabaram ficando após a segunda quinzena de março. Isso atrasou o ciclo da cultura e hoje 95% do milho paraguaio segue exposto à possíveis problemas climáticos como falta de chuvas e geadas.

Até agora, a projeção já é de perda de 9% naquilo que era inicialmente esperado. A consultora explica que o potencial do Paraguai é para produtividades entre 91,66 e 100 sacas por hectare, mas neste ano a expectativa já partiu de 83,33 a 91,66 e produção de 4,2 milhões de toneladas devido aos atrasos de plantio.

Porém, apenas 60% das lavouras ainda podem chegar nestes patamares. Os 40% restantes devem chegar apenas em algo entre 63,33 e 66,66 sacas por hectare.

Storch aponta ainda que, cerca de 30% da produção já foi comercializada e os produtores estão aguardando uma definição melhor da safra para comprometer novos lotes no mercado. Atualmente os preços estão favoráveis e devem ajudar a compensar possíveis perdas, mas os produtores ainda esperam novas valorizações nos preços.

Confira a íntegra da entrevista com a corretora e consultora de agronegócios no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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