Estiagem reduz média de produtividade do milho safrinha no sudoeste de Goiás para 70 a 80sc/hc, diz liderança

Publicado em 20/05/2022 12:31
Chuvas cortaram em 11 de abril, e precipitações recentes, mas esparsas e em baixo volume não contribuíram para elevação da produtividade
José Roberto Brucceli - Diretor do Sindicato Rural de Rio Verde - GO

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Realidades da Safra - Milho

Apesar do temor pela geada durante a onda de frio que atingiu boa parte do Brasil nesta semana, o diretor do Sindicato Rural de Rio Verde, em Goiás, José Roberto Brucelli, conta que o fenômeno climático não causou estragos grandes nas lavouras de milho safrinha no sudoeste do Estado. "Houve geada em baixadas, em beira de córrego, mas se pegou algo nas lavouras, foi algo pontual e que ainda será contabilziado", disse.

O que prejudixou esta safrinha na região e reduziu a média de produtividade, segundo ele, foi a estiagem. As chuvas na área cessaram em 11 de abril, e mesmo com recentes precipitações, mas esparsas e em baixo volume, não foi possível contribuir para elevar a média produtiva.

"Aqui, normalmente, a média de produtividade fica em torno de 120 a 130 sacas por hectare, mas este ano devemos colher entre 70 a 80 sacas por hectare devido à seca. Se tivesse ocorrido a geada seria pior, estimo que perderíamos 70% da produção", afirma. 

Brucelli também relata problemas no início do desenvolvimento das plantas com ataques da cigarrinha do milho e percevejo de barriga verde, mas que as pragas foram controladas com as aplicações, nendo necessárias uma ou duas entradas a mais no campo para o manejo. 

Sobre as negociações, a liderança pontua que cerca de 35% da safrinha está comprometida em contratos travados, mas que os produtores ficaram reticentes em vender mais por medo de problemas durante a safra, que poderiam afzer com que não conseguissem cumprir os vencimentos.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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