IDR-PR avalia que praticamente todos os milhos do Oeste do estado apresentam sintomas do enfezamento

Publicado em 20/06/2022 10:34 e atualizado em 20/06/2022 15:20
Pesquisadores indicam que os problemas da safra de soja, que anteciparam e ampliaram a janela de plantio da safrinha, foram os principais fatores responsáveis para o Paraná registrar grandes infestações de cigarrinhas e presença de enfezamentos nas lavouras de milho
Ivan Bordin - Coordenador do IDR-PR

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IDR-PR avalia que praticamente todos os milhos do Oeste do estado apresentam sintomas do enfezamento

Os relatos de presença de cigarrinhas nas lavouras de milho do Paraná e plantas com sintomas do enfezamento estão elevados nesta segunda safra de milho. Essa situação foi confirmada pelos pesquisadores do IDR-Paraná, que rodaram as regiões paranaenses e identificaram a situação.  

Segundo o coordenador do IDR-Paraná, Ivan Bordin, a região Oeste é a mais afetada, já planta a safrinha mais cedo e praticamente todos os milhos da região tem sintomas de enfezamento. 

O coordenador explica que os problemas climáticos registrados na safra de soja 2021/22 foram o que propiciou o maior aparecimento dos insetos na segunda safra. Com a seca, muitas lavouras foram abandonadas no estado, o que aumento a presença de milhos tiguera no meio da soja. Além disso, sem a soja, o plantio do milho começo mais cedo e estendeu por mais tempo, aumentando a ponte verde a disponibilidade de alimento à cigarrinha. 

Entre as opções para o produtor paranaense para diminuir essa pressão nas safras futuras estão evitar que sobre milho na soja, buscar híbridos mais tolerantes, utilizar tratamento de sementes, fazer as pulverizações com critério técnico e diminuir a janela de plantio da safrinha. 

“Nós precisamos de alguma forma alinhar isso, tentar semear o milho safrinha dentro de uma janela mais curta por região e não ter uma janela tão extensa como temos hoje. Isso só aumenta a ponte verde, e se você não controlar a ponte verde ela não para de se multiplicar”, diz Bordin. 

Confira a íntegra da entrevista com o coordenador do IDR-Paraná no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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