Preço do milho segue sustentado no Brasil diante do dólar acima dos R$ 6,00
Preço do milho segue sustentado no Brasil diante do dólar acima dos R$ 6,00
Os últimos dias tem sido de sustentação dos preços do milho no Brasil, especialmente nas cotações da Bolsa Brasileira (B3). Na visão de Enilson Nogueira, Analista da Céleres Consultoria, o dólar em patamares acima dos R$ 6,00 é o principal fator de elevação dos preços.
Para o mercado físico, Nogueira destaca que os produtores estão buscando abrir espaço já pensando na safra cheia de soja que irá vir pela frente e essa chegada de volumes no mercado acaba segurando os preços. Por outro lado, ainda há demanda no mercado nacional, mesmo com as indústrias começando a diminuir os ímpetos nesse fim de ano.
O analista aponta que, diante deste cenário, o produtor brasileiro deve se sentir estimulado a apostar no cultivo de milho para a segunda safra 2025, mantendo ou até aumentando o plantio na safrinha. Com isso, o momento passa a apresentar boas oportunidades de comercialização já pensando na temporada do ano que vem.
Para o mercado internacional, a Bolsa de Chicago (CBOT) vem sendo sustentada pela forte demanda pelo milho dos Estados Unidos, inclusive com números de vendas semanais divulgados pelos USDA acima do esperado pelo mercado.
Nogueira destaca que, após a safra dos EUA entrar no mercado, os elementos de oferta passaram a perder força e os de demanda ganharam mais importância. Além disso, os indicativos de estoques finais ao término do ciclo são menores do que os últimos registrados.
Na opinião do analista, até haver uma certeza sobre a safra na América do Sul, é a demanda dos EUA que deve seguir mandando nas flutuações do mercado internacional.
Na B3, o vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 73,95 com valorização de 2,21%, o março/25 valeu R$ 72,85 com ganho de 1,39%, o maio/25 foi negociado por R$ 72,05 com elevação de 0,84% e o julho/25 teve valor de R$ 68,39 com alta de 0,57%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam ganhos de 3,21% para o janeiro/25, de 1,63% para o março/25 e de 1,05% para o maio/25, além de queda 0,09% para o julho/25.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou pouco entre perdas e ganhos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Sorriso/MT, Jataí/Go e Rio Verde/GO, enquanto as valorizações apareceram em Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
ACORDO MERCOSUL - UNIÃO EUROPEIA
Na avaliação de Nogueira, apesar do Brasil exportar alguns volumes de milho para países europeus como Espanha e Portugal, o acordo de livre comércio entre os dois blocos não deve ter impactos diretos para o setor.
Porém, deve acontecer um impacto indireto positivo para o milho, com o possível aumento de exportações de carnes do Brasil para a Europa, a demanda interna do grão deve crescer e estimar vendas e preços para o mercado nacional.
Na CBOT, o vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,30 com ganho de 4,25 pontos, o março/25 valeu US$ 4,40 com valorização de 5,00 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,45 com alta de 4,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,47 com elevação de 4,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (05), de 1% para o dezembro/24, de 1,15% para o março/25, de 1,08% para o maio/25 e de 1,07% para o julho/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 1,83% para o dezembro/24, de 1,62% para o março/25, de 1,25% para o maio/25 e de 1,24% para o julho/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (06).
0 comentário
Preço do milho nesta segunda-feira salta até 2,5% com B3 de olho no clima e em Chicago
Exportação de milho começa janeiro/25 atrás de janeiro/24, mas com expectativas positivas
De olho no internacional, milho salta até 2% na B3 nesta segunda-feira
Números do USDA ainda repercutem no mercado e preços do milho abrem a 2ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Exportadores dos EUA venderam 445 mil toneladas de milho na semana encerrada em 2 de janeiro
Milho/Cepea: Maior demanda e retração vendedora elevam cotações