Brasil começa a ir em frente e economia avança pelo terceiro mês consecutivo

Publicado em 13/12/2019 15:09
entrevista com Antonio da Luz, economista-chefe da Farsul
Antônio da Luz - Economista - FARSUL

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Pelo terceiro mês consecutivo a economia avança

 

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Brasil começa a ir em frente e economia avança pelo terceiro mês consecutivo

A economia brasileira começa a dar sinais de mudança de direção, para melhor, de acordo com o economista da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz. segundo ele, o país acumula o terceiro mês consecutivo de crescimento econômico, como consequência de medidas adotadas pelo governo fedeal para "arrumar a casa". "O Brasil ainda está fazendo déficit, mas em 2022 vai começar a fazer superávit", afirma.

-- "Até pouco tempo atrás, a expectativa de crescimento para a economia brasileira era de 0,8% este ano, isso porquê se tinha previdência que não andava, reformas fiscais importantes que não eram postas, muita sujeira embaixo do tapete. O que está acontecendo é que aos poucos essa sujeira está sendo limpa, diferente de anos anteriores, quando o Brasil decidiu anabolizar as economias, e deu no que deu".

De acordo com o especialista, para a economia mudar de patamar e o crescimento se instalar e perdurar, é necerrário que a "sujeira fiscal e a sujeira econômica sejam tiradas de baixo do tapete".

-- "Quando nós pegamos os problemas fiscais e os problemas econômicos, o mais fácil seria fazer o que foi feito no passado. Mas agora quando se muda de postura e começa a arrumar a casa, as coisas naturalmente começam a acontecer", explica. 

Segundo Luz, este ano o país bateu recordes de aberturas de empresas, foi considerado o 4º país no mundo que mais atraiu investimentos diretos entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro de 2019, além de fechar o ano com a perspectiva de cerca de 1 milhão de ex-desempregados reintegrados ao mercado de trabalho. 

MOVIMENTOS NA ECONOMIA EXTERNA

Paea Luz, a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) por meio do Brexit pode trazer consequências. As implicações ao agro brasileiro vai depender muito de como vai se dar essa saída,  mas é possível ficar atento à chance de que alguns países da UE sentirem mais e isso puxar pra baixo o crescimento econômico do bloco.

--" A UE toda forma uma grande parte da economia mundial, ou seja, pode ter alguns países que podem contribuir para que o crescimento mundial diminua, e dependendo do grau de queda, ou até mesmo no fim do dia, no pior dos cenários uma recessão que pegue portugal, itália e grécia, a gente pode voltar para aquele cenário que tivemos lá pós 2009 de países explodindo seu lado fiscal. Não podemos imaginar que isso vá acontecer de imediato".

A posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, também pode trazer de volta ao país vizinho medidas que já deram errado. De acordo com o economista, Fernández propôs em seu primeiro discurso aumentar salário para elevar o consumo, congelar preços para que o aumento do consumo não se torne inflação, e moratória de dívidas. 

-- "Isso não dá certo. Fora as retenciones, que pega direto no produtor argentino, e nós produtores brasileiros agradecemos porque aumenta o agro no Brasil", explica. 

Sobre a amarração de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, ele afirma que uma crise econômica a nível mundial é algo que pode acontecer. Luz explica que uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo só é boa para os demais países em curto prazo, e o produtor rural brasileiro precisa aproveitar o câmbio alto e estável e os bons preços nos portor para travar negócios.

Atividade econômica cresce 0,17% em outubro, diz Banco Central do Brasil

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou alta de 0,17% em outubro, comparado a setembro, segundo dados divulgados hoje (13). Esse foi o terceiro mês seguido de alta. Em setembro, a expansão ficou em 0,48%, em agosto, a elevação foi de 0,35% e, em julho, houve queda de -0,11%, de acordo com dados atualizados.

Na comparação com outubro de 2018, houve crescimento de 2,13% nos dados sem ajustes, por se tratar de períodos iguais.

Em 12 meses encerrados em outubro, o indicador teve expansão de 0,96%. No ano, até outubro, houve crescimento de 0,95%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

O indicador foi criado pelo BC para fazer um acompanhamento mensal da atividade econômica. Mas o indicador oficial, com metodologia diferente do IBC-Br, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

 

Por: João Batista Olivi e Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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