Rede Globo usa seu poderio para destruir o moral da população, com Fernando Pinheiro Pedro

Publicado em 20/03/2020 11:55 e atualizado em 16/04/2020 10:51
Comentário da Notícia com João Batista Olivi e Antônio Fernando Pinheiro Pedro
Antônio Fernando Pinheiro Pedro - Advogado e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa

Economia não pode parar por coronavírus ou se aproximará da catástrofe, diz Bolsonaro

  • BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, em videoconferência com empresários sobre a pandemia de coronavírus, que a economia brasileira não pode parar ou "a catástrofe se aproximará de verdade".

A declaração do presidente foi feita pouco depois do anúncio de um forte corte na projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Bolsonaro frisou que não procedem "decisões" de autoridades locais que visam o fechamento de aeroportos ou estradas, que teriam enorme impacto econômico, e disse que o governo mantém contato com secretários estaduais sobre o assunto.

"A economia não pode parar. Afinal de contas, não basta termos meios, se não tivermos como levá-los ao local onde serão usados, bem como os profissionais têm também que se fazer presentes nesses locais", disse o presidente.

"Então estamos acertando para que um Estado não aja diferente dos outros e que não bote em colapso o setor produtivo", disse.

"Não adianta produzir num lugar se não tem onde entregar no outro. E o Brasil precisa continuar se movimento, mexendo com a sua economia, senão a catástrofe se aproximará de verdade", disse, acrescentando que a Constituição garante "em grande parte" ao Executivo a prerrogativa de decidir pelo fechamento de aeroportos e rodovias.

Bolsonaro iniciou a videoconferência com represetantes do setor privado após o Ministério da Economia anunciar corte na projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 a 0,02%, ante alta de 2,1% indicada há dez dias, numa mostra da rápida deterioração das expectativas em meio ao avanço do coronavírus e seu dramático impacto na economia. 

O presidente aproveitou para anunciar que o Congresso "em comum acordo" abriu mão de 8 bilhões de reais em emendas individuais e de bancadas, de forma a destinar os recursos ao Ministério da Saúde para o enfrentamento da epidemia.

Voltou a afirmar, ainda, que não se pode agir com histeria na crise relacionada à nova doença.

"Desde o começo, eu, como estadista, tenho falado ao Brasil: 'não podemos entrar em pânico, temos que tomar as medidas que forem necessárias, mas sem histeria'. Este é o exemplo que eu procuro dar em todas as ações que eu tenho falo para frente", disse.

"Temos quase 12 milhões de desempregados no Brasil. Este número vai crescer, mas se crescer muito, outros problemas colaterais surgirão", afirmou.

 

Insatisfação com economia leva a queda na popularidade de Bolsonaro, diz pesquisa XP

  • Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília 18/03/2020 REUTERS/Adriano Machado
Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Uma mudança de percepção quanto aos rumos da economia levou a uma queda na aprovação do presidente Jair Bolsonaro para o menor patamar já registrado desde o início do governo, de acordo com pesquisa XP/Ipespe nesta sexta-feira.

A avaliação ótima/boa do governo caiu de 34% para 30% na comparação com a pesquisa anterior, de 20 de fevereiro, enquanto a avaliação ruim/péssima ficou estável em 36% e a regular passou de 29% para 31%.

A avaliação positiva caiu para o menor patamar registrado pela pesquisa desde o início do governo, índice também registrado em setembro de 2019.

A maior alteração, no entanto, aconteceu em relação à política econômica do governo. Há um mês, 47% dos entrevistados consideravam que o governo estava no caminho certo nessa área, enquanto 40% acreditavam que a política econômica estava errada.

Agora, a avaliação se inverteu: 48% acreditam que o caminho da equipe econômica está errado, enquanto 38% avaliam que está no caminho certo.

"A alteração na popularidade coincide com uma inversão na percepção sobre a condução da política econômica", diz a pesquisa.

Também aumentou a percepção de que o governo Bolsonaro é o maior responsável pela situação econômica atual. Em março, 17% acreditam que este governo é o responsável pela situação, enquanto em fevereiro eram 15%. Outros 14% atribuem a fatores externos -- eram 13%.

Ao contrário do Executivo, a avaliação do Congresso, que chegou a apenas 9% de ótima/boa em janeiro, alcançou 13% neste mês. Já a avaliação de ruim/péssima continuou em 44%.

CORONAVÍRUS

A pesquisa trata ainda do impacto do coronavírus na vida dos brasileiros. De fevereiro para março, o medo da epidemia aumentou 20 pontos percentuais. Agora, 70% dos entrevistas dizem ter pouco ou muito medo da epidemia, sendo que 34% dizem ter muito medo.

A avaliação geral do governo no combate ao coronavírus é aprovada por 40% dos entrevistados, mas é o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, quem puxa para cima essa avaliação: 56% de avaliação ótima/boa.

Já a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes, é vista como ótima/boa por 32%. A maioria dos entrevistados, 34%, vê como regular, e 23% como ruim/péssima.

A grande maioria dos entrevistados (92%) acredita que a epidemia terá impacto negativo na economia, mas apenas 24% concordam com o discurso do ministro de que as reformas tributária e administrativa são as ferramentas para combater o efeito na economia. Mais de 60% defendem medidas para estimular o crescimento.

A pesquisa também mostra a discordância dos entrevistados com outros pontos que vem sendo defendidos pelo governo e pelo presidente. Em relação ao aumento do dólar, que passou a barreira dos 5 reais, 61% consideram que impacta negativamente a vida dos brasileiros.

Sobre a manifestação do dia 15 deste mês, que foi incentivada e defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, 64% discordam da sua realização. E 56% dos entrevistados disseram confiar nas urnas eletrônicas para apuração das eleições.

Recentemente, durante sua viagem a Miami, disse ter provas --não apresentadas-- de que houve fraude nas urnas em 2018 e que poderia ter vencido as eleições no primeiro turno. Depois, questionado sobre as provas, respondeu: "Eu quero que você me ache um brasileiro que confie no sistema eleitoral brasileiro."

A pesquisa foi feita entre os dias 16 e 18 deste mês, com mil entrevistas por telefone. A margem de erro é 3,2 pontos percentuais.

O deputado federal, médico e ex-ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou que pânico e exagero em medidas não reduzirá a propagação da epidemia do coronavírus

Depois da facada, não vai ser "uma gripezinha que vai me derrubar", diz Bolsonaro

BRASÍLIA (Reuters) - No mesmo dia que o Senado aprovou o estado de calamidade devido à epidemia do coronavírus, o presidente voltou a minimizar o vírus, após comandar uma reunião com autoridades do governo e empresários para discutir o enfrentamento da crise.

"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok?", disse o presidente no final de uma entrevista coletiva.

"Se o médico do Ministério da Saúde me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes", acrescentou, se dirigindo aos jornalistas que perguntaram se ele faria um novo teste para o coronavírus diante do alto números de auxiliares diretos ou indiretos infectados com o vírus.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de estado de sítio no país em meio à crise da pandemia, Bolsonaro disse que a medida não está no radar do governo.

"Até porque isso, para decretar, é relativamente fácil, uma medida legislativa para o Congresso, mas seria o extremo. Isso aí, eu acredito que não seja necessário, bem como um Estado de Defesa. Isso aí não tem dificuldades de se implementar, em poucas horas você decide uma situação como essa", disse.

"Mas eu acho que, daí, estaríamos avançando, dando uma sinalização de pânico para a população", acrescentou. "Eu acho que isso, por enquanto, está descartado até estudar essa circunstância."

 

ECONOMIA E CHINA

O presidente voltou a dizer que a economia não pode parar e a criticar medidas restritivas que governadores têm tomado. Segundo ele, o governo federal, principalmente na figura do ministro da Casa Civil, Braga Netto, vai buscar uniformizar as ações no combate ao coronavírus.

"Não pode alguém, de forma isolada, tomar determinadas medidas que venham a atrapalhar, no final da conta, o esforço final que estamos fazendo para que esse problema seja vencido."

Questionado se tinha entrado em contato com o presidente da China, Xi Jinping, depois da crise diplomática envolvendo seu filho Eduardo Bolsonaro, o presidente disse que tem "um canal aberto" com o líder chinês.

"Gozo de simpatia por parte dele e sempre se colocou à disposição. Não existe qualquer crise do governo brasileiro para com o governo chinês", garantiu Bolsonaro.

"Se a situação se fizer necessária, como talvez na semana que vem, nós possamos sim entrar em contato com ele para tratar de assuntos sobre como poderiam nos ajudar, talvez com equipamentos, já que lá a curva (da epidemia) já está na descendente", acrescentou, repetindo o que tinha falado mais cedo.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) iniciou uma crise diplomática na quarta-feira, ao compartilhar uma sequência de tuítes sobre a maneira como a China tratou o início da epidemia de coronavírus. Ele afirmou que o país é responsável pela epidemia ao esconder informações --o que alegou representar ações típicas de uma ditadura.

A embaixada da China reagiu em sua conta no Twitter e na conta pessoal do embaixador Yang Wanming, exigindo um pedido de desculpas e afirmando que Eduardo repetia as ações de seus "amigos" norte-americanos, além de dizer que o deputado havia contraído um "vírus mental" durante viagem a Miami.

Na quinta, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, tentou minimizar a disputa afirmando que Eduardo Bolsonaro não fala em nome do governo, mas criticou o embaixador da China no Brasil. Eduardo também se manifestou nesse dia, por meio de nota, reiterando que não falava em nome do governo, mas reafirmou críticas à maneira como a China reagiu à epidemia. (Reuters)

Fonte: NotíciasAgrícolas/Reuters/Estadã

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