Terroristas disfarçados nas ruas ou projeto de censura no Congresso, qual o pior? (dep Diego Garcia)

Publicado em 03/06/2020 17:21 e atualizado em 03/06/2020 19:20
Entrevista com o dep. federal Diego Garcia, do Paraná, sobre a movimentação da esquerda, tentando inviabilizar o governo Bolsonaro pelo controle das mídias sociais (censura) e pela intimidação, com os antifas nas ruas
Diego Garcia - Dep. Federal pelo PODE/PR

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Terrorismo ou censura, qual o pior?

 

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Bolsonaro diz que grupos antifascistas são "marginais" e "terroristas"

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro classificou de "marginais" e "terroristas", os grupos antifascismo que têm organizado manifestações pela democracia e contrárias a seu governo, acrescentando que a polícia precisa de "retaguarda legal" para agir com o crescimento "desse tipo de movimento".

Bolsonaro falou em frente ao Palácio da Alvorada a alguns jornalistas na noite de terça-feira e apoiadores que o esperavam e foi perguntado sobre o que achava das manifestações nos Estados Unidos.

"Começou aqui com os Antifas em campo, com motivo no meu entender político, diferente (dos EUA). São marginais, no meu entender, terroristas, e tem ameaçado agora domingo fazer movimentos pelo Brasil, em especial aqui no DF.

Em sua fala, Bolsonaro acusa o grupo de estar por trás dos protestos pró-democracia feitos por torcidas organizadas em São Paulo, no último domingo. 

Com um grupo pró-Bolsonaro também com um protesto marcado para o mesmo dia e local, a manifestação terminou em confusão e confronto com policiais militares.

Já na segunda-feira, o presidente havia dito a apoiadores que não fossem às ruas no próximo domingo. Grupos contrários ao governo têm prometido novas manifestações.

"Eu já disse que não domino, não tenho influência e nunca convoquei ninguém para ir às ruas. Eu agradeço de coração essas pessoas que estão na rua apoiando nosso governo, agora precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar em se apresentando um crescente esse tipo de movimento que não tem nada a ver com democracia", disse.

Novos protestos contra o governo estão sendo organizados para este final de semana em São Paulo e outras capitais.

Bolsonaro classificou as manifestações contra seu governo de "terrorismo", e usou os protestos que aconteceram no Chile, no início deste ano, como exemplo do que não quer que aconteça.

"Isso não pode chegar aqui, não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile, não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão. Isso no meu entender é terrorismo. A gente espera é que esse movimento não cresça, porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja", disse.

Sobre os movimentos nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que "lá o racismo é um pouco diferente do Brasil, está mais na pele"

"Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga", disse, acrescentando que não quer que aconteça o mesmo tipo de protestos no Brasil.

"Logicamente que qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, este tipo de movimento, nós não concordamos."

Projeto das fake news precisa estar bem organizado entre Câmara e Senado para eventual veto

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta-feira que deputados e senadores produzam um texto afinado entre as duas Casas sobre as chamadas fake news de forma a derrubar eventual veto presidencial à proposta.

O Senado tenta votar projeto que cria a Lei das Fake News, mas sua votação, prevista para a última terça-feira, foi adiada para a próxima semana.

O tema tem ganhado força tendo como pano de fundo da investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre possível associação criminosa de disseminação de notícias falsas, contando, inclusive, com o financiamento de empresários. As investigações resultaram em operação, na semana passada, que incluiu busca e apreensão de computadores, celulares e tablets de empresários e ativistas digitais ligados ao bolsonarismo, acusados de produzirem e financiarem notícias falsas.

TSE retoma julgamento de ações que apontam abuso eleitoral pela chapa Bolsonaro-Mourão

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, incluiu na pauta do plenário do TSE da próxima terça-feira o julgamento de duas ações que pedem a cassação da chapa presidencial Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão nas eleições de 2018 por supostos ataques cibernéticos em grupo de Facebook para beneficiá-los, informou a assessoria de imprensa do órgão.

A análise do caso foi iniciada em novembro do ano passado, quando o relator das ações, ministro Og Fernandes, votou para rejeitá-las. Na ocasião, o ministro Edson Fachin pediu vista dos processos. Agora o julgamento será retomado com o voto dele.

As duas ações foram movidas pelas chapas presidenciais encabeçadas por Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL). Os casos referem-se ao ataque de hackers de uma página no Facebook intitulada "Mulheres Unidas contra Bolsonaro".

As ações afirmam que, durante a campanha, a página --que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas-- sofreu ataque de hackers que alteraram o conteúdo. Citaram ainda que Bolsonaro agradeceu a postagem, após a modificação do conteúdo.

O TSE têm ainda outras seis ações que questionam a chapa presidencial vitoriosa.

“Quem promove o caos, queima a bandeira nacional e usa da violência é terrorista”, diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro acaba de publicar uma mensagem no Twitter em que volta a chamar manifestantes violentos de terroristas.

“Quem promove o caos, queima a bandeira nacional e usa da violência como uma forma de ‘protestar’ é terrorista, sim! Manifestante, contra ou a favor do governo, é outra coisa”, tuitou. 

Como noticiamos mais cedo, Bolsonaro já havia se referido aos integrantes dos movimentos que se dizem “antifascistas” — ou “antifas” — como “marginais” e “terroristas”.

“Começou aqui com os ‘antifas’ em campo. O motivo, no meu entender, político, diferente [das manifestações nos Estados Unidos]. São marginais, terroristas, no meu entender. Eles têm ameaçado, no domingo, fazer movimentos pelo Brasil, em especial aqui no Distrito Federal.”

 
Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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