Movimento de alta do petróleo pode ter encontrado um teto nos US$ 40,00 por barril, entenda os motivos

Publicado em 10/06/2020 12:16 e atualizado em 10/06/2020 16:29
Coronavírus foi um grande desafio para a demanda de petróleo pois influenciou na mobilidade das pessoas e 85% do petróleo do mundo está relacionado a movimento
Thadeu Alves Moraes da Silva - Head de Petróleo e Derivados da INTL FCStone

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Entrevista com Thadeu Alves Moraes da Silva - Head de Petróleo e Derivados da INTL FCStone sobre os Preços do Petróleo

 

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O ano de 2020 tem sido muito agitado para o mercado do petróleo mundial. Em meados de janeiro, a crise geopolítica no Oriente Médio elevou as cotações para mais de US$ 70,00. Depois, em poucos meses os preços caíram para menos de um terço disso com a crise de demanda em meio ao Coronavírus e agora, registrou uma retomada para a casa dos US$ 40,00.

O head de petróleo e derivados da INTL FCStone, Thadeu Alves Moraes da Silva, destaca que a pandemia impactou diretamente no setor do petróleo, já que 85% do consumo mundial está ligado ao movimento de pessoas e mercadorias, justamente o que foi alterado drasticamente neste momento.

“A partir do momento que a economia começou a voltar, a demanda começou a voltar forte e a outra crise que a gente tinha que era de sobre oferta, foi resolvida com um acordo de produção entre os principais produtores globais. Então neste momento temos um mercado caminhando para o abastecimento”, diz da Silva.

O especialista destaca que estamos chegando perto de um limite de preços, já que quando nos aproximamos de cotações entre 40 e 45 dólares por barril a remuneração fica muito boa para algumas produções alternativas e se chega à um teto de preços.

Da Silva alerta também que a demanda mundial pode seguir aumentando nas próximas semanas, mas vai ser preciso entender qual será o novo normal para as atividades. “Enquanto nós não tivermos uma vacina, sabemos que a mobilidade não estará no seu normal e não vamos voltar as medias que tínhamos nos últimos anos para a demanda de combustíveis”.

Confira a entrevista completa com o head de petróleo e derivados da INTL FCStone no vídeo.

Por: Aleksander Horta e Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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