Na região Oeste da Bahia, excesso de chuvas preocupa os produtores e pode atrasar colheita da soja

Publicado em 15/04/2015 10:58
Na região Oeste da Bahia, excesso de chuvas preocupa, já que pode atrasar a colheita da soja e afetar a qualidade do grão. Cerca de 40% da área foi colhida. Devido ao clima irregular, produção da localidade deve registrar perda de 10%. Preços estão entre R$ 59,50 a R$ 60,00 a saca do grão. Venda antecipada está em 50% da produção, contra 80% no mesmo período do ano passado. No milho, quebra está ao redor de 35% a 40%.

As chuvas excessivas na região Oeste da Bahia têm preocupado os agricultores, já que pode afetar o andamento da colheita da soja, que nesse momento chega a 40% na localidade. Além disso, as precipitações também pode afetar a qualidade dos grãos, cenário que deixa os produtores de sementes apreensivos.

Segundo o engenheiro agrônomo, Armando Ayres de Araújo, no início dessa semana, o clima estava favorável, porém, as precipitações retornaram à região e devem se estender, principalmente a partir da próxima sexta-feira. Já as primeiras áreas colhidas registram produtividade média ao redor de 45 a 47 sacas de soja por hectare.

A expectativa é que o número se aproxime de 50 sacas de soja por hectare, com o andamento da colheita do grão. “Isso porque, as plantas semeadas mais tarde foram beneficiadas com as chuvas e não sofreram com a estiagem registrada no mês de janeiro na região”, destaca o engenheiro.

No total, a quebra na produção de soja no Oeste da Bahia ficou em 10% devido ao clima bastante irregular desde o início do cultivo. Paralelamente, os preços permanecem voláteis e, atualmente, estão entre R$ 59,50 e R$ 60,00 a saca da oleaginosa. Contudo, o percentual da produção negociada antecipadamente chega a 50%, contra 80% registrada no mesmo período do ano passado.

“Somente os grandes produtores e empresas fixaram parte da safra. A comercialização deve ficar mais diluída ao longo do ano. Já os custos para a próxima safra é uma assunto que tem preocupado os produtores rurais. Temos uma alta entre 20% a 25% em fertilizantes e químicos, o que pode levar os agricultores a migrarem da cultura da soja para o milho na próxima temporada. Até mesmo por falta de crédito para custeio”, acredita Araújo.

Milho

No caso do cereal, as perdas nas lavouras estão abaixo do estimado anteriormente, de 50%. No momento, a quebra é de 35% a 40% e há lavouras com bons rendimentos na cultura, acima de 100 sacas do grão por hectare. “No milho, algumas lavouras semeada mais tarde conseguiram ter uma recuperação, por isso, temos essa surpresa”, explica o engenheiro.

Algodão

Já a cultura do algodão sofre com o excesso de precipitações. Inclusive, algumas plantações registraram a podridão de maçãs do algodoeiro. Com isso, a perspectiva de aumento na produtividade, para 290 arrobas por hectare, não deverá ser confirmada. O rendimento médio projetado para essa safra é de 270 arrobas por hectare.

O engenheiro agrônomo ainda orienta que os produtores brasileiros acompanhem o clima nos Estados Unidos e a evolução do plantio. “Se confirmado um grande plantio, poderemos ter preços mais baixos, durante os meses de maio e junho, e as especulações de clima ainda poderiam favorecer alguns repiques nas cotações”, alerta.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário