Pesquisas sobre a Soja Louca II avançam na Embrapa; tratamento deve ser preventivo com a dessecação antecipada e controle das daninhas

Publicado em 21/05/2015 09:49
Pesquisas sobre a Soja Louca II avançam na Embrapa. Doença que provoca a não finalização do ciclo da planta é mais frequente em áreas quentes e chuvosas e mais comum nos estados do MA, TO, PA e norte de MT. Tratamento deve ser preventivo com a dessecação antecipada e controle das planta daninhas.

A soja louca II é um problema que vem trazendo grandes prejuízos para os produtores desde 2005, as folhas ficam retorcidas e a planta produz menos vagens. A fim de encontrar uma solução para a doença a Embrapa soja tem evoluído com as pesquisas, que acontecem há quatro anos.

De acordo com Maurício Meyer, pesquisador da Embrapa Soja, a doença é mais frequente em áreas quentes e chuvosas. "É um problema que tem mais ocorrência, nos estados do Maranhão, Tocantins, Pará e nas regiões norte e nordeste do Mato Grosso. São lugares quentes, e com temperatura média acima dos 28° e com frequência de chuva principalmente na fase vegetativa da cultura", afirma.

A soja louca II pode causar perda de produtividade entre 40% a 60%. As pesquisas mostram que as plantas, em sua fase reprodutiva, apresentam deformação nas folhas (um afilamento na folha). Além disso, ocorre um abortamento das vagens, e as plantas não secam como no processo normal.

"Alguns experimentos, comparando sistemas de cultivo, mostram que a eliminação de plantas daninhas e de cobertura antes do plantio da soja, ajuda a diminuir o problema. Então essa dessecação antecipada com pelo menos 10 a 15 dias do plantio da soja é importante eliminaria potenciais hospedeiros", afirma Meyer.

Meyer declara ainda, que a incidência da doença tem uma correlação com entressafras chuvosas, pois a umidade no solo se estende por um período maior. Também, o cultivo da segunda safra de soja, pode elevar a ocorrência da doença nas lavouras. "Na soja safrinha, ela será cultivada em um período onde temos maior quantidade de inoculo dispersos na região, dessa forma será exigido um manejo químico mais intenso do que na soja normal" alerta.

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Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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