Safra 2015/16: Em Sorriso (MT), entrega de fertilizantes segue atrasada e preocupa os produtores rurais
A entrega dos fertilizantes para o cultivo safra de verão que inicia no próximo dia 15 está atrasada na região de Sorriso (MT). O atraso na comercialização decorrente do aumento significativo dos custos e a demora na liberação de crédito pré-custeio, agravaram os gargalos logísticos da região.
Tradicionalmente os produtores finalizam a compra dos insumos até abril, no entanto, em setembro deste ano cerca de 20% a 30% dos produtos ainda não foram adquiridos. Segundo o presidente do sindicato rural do município, Laércio Pedro Lenz, a maior preocupação consequência desse atraso na comercialização é a entrega nesses produtos que podem não chegar antes do fim do período do vazio sanitário.
"O que preocupa mais são os fertilizantes, que vem direto da fabrica para as propriedades, e tem muito produto para ser entregue ainda, em um curto espaço de tempo", declara o presidente.
Caso esse cenário se confirme poderemos ter um atraso no plantio da soja na safra 2015/16. "Chovendo até o final do mês, e os fertilizantes não estiverem na propriedade, eles vão acabar aplicando a lanço, porém se atrasar muito vai perder eficiente podendo ter até uma quebra de safra", ressalta Lenz.
A valorização do dólar frente ao real neste ano, também colaborou para o atraso na compra dos insumos. A maioria dos produtos é atrelado ao dólar, com isso os custos para a nova safra subiram significativamente em todas as regiões do país. Sem a liberação do crédito e os custos cerca de 15% superiores em comparação a temporada passada, boa parte dos produtores se viram obrigados a retardar a compra dos insumos.
Comercialização
A comercialização antecipada já ultrapassou os 50% na região. Em reais os preços têm sido atrativos aos produtores, na região a saca de soja é comercializada acima dos R$ 60,00 no mercado futuro.
O dólar que elevou os preços dos insumos tem sido positivo para a composição dos preços no mercado interno. Contudo segundo Lenz, mesmo nesses níveis de preços “o momento é de cautela”.