Produtores começam plantio em MT sem definição sobre área de refúgio na soja BT. Aprosoja pede regras claras para uso da tecnologia

Publicado em 05/10/2015 17:38
Produtores começam plantio em MT sem definição sobre área de refúgio na soja BT. Aprosoja pede regras claras para uso da tecnologia
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2 comentários

  • Luiz Antonio Lorenzoni Campo Novo do Parecis - MT

    Nesta questão do refúgio no cultivo de plantas transgênicas Bt, de um lado está a Academia, de outro as empresas detentoras da tecnologia e intermediando o "entrevero" está o MAPA --, mas quem realmente vai "pagar o pato" é o produtor rural. E pode estar em risco o futuro do agronegócio. Vou fazer uma breve introdução e colocar, para abrir o debate, a minha opinião (que é a opinião de produtor rural com algum conhecimento de causa):

    O plantio comercial de plantas transgênicas no mundo tem mais de vinte anos. No Brasil legalmente data de 2006, sendo que a Resolução Normativa (RN nº4 do CTNBio) é de 16 de agosto de 2007 que trata da coexistência ou isolamento entre cultivos (distância mínima entre cultivo transgênico do não transgênico ou convencional). Já o cultivo de plantas transgênicas Bt (controle de pragas) no Brasil data de 2007/08 e não possui Resolução.

    Portanto a coexistência é norma (Lei) e vale para isolamento de qualquer cultivo transgênico de convencional.

    Já o refúgio (área de cultivo de plantas não Bt) tem o intuito de garantir a multiplicação de insetos sem risco de resistência à tecnologia Bt.. O refúgio não possui norma é uma recomendação (nunca seguida) e varia de 5 a 20% da área cultivada com transgênico Bt cultivada com plantas isogênicas não Bt., e a uma distância não superior a 800 metros. A função do refúgio é diminuir a pressão de seleção de pragas resistentes à tecnologia Bt..

    Há consenso em transformar o refúgio em norma (lei). A discussão está no tamanho da área de refúgio. A Academia (pesquisadores) sugerem 50% da área, as empresas em até 20%, e a celeuma está posta.

    No meu ponto de vista, o foco não está no tamanho da área, mas na forma e manejo que se dará a esta área.

    Na sugestão da academia, se um produtor for plantar 100 hectares de (soja, milho ou algodão), poderia plantar no máximo 50 hectares com Bt e no mínimo 50 hectares de não Bt isogênicas isto é, plantas de mesmo porte e ciclo da Bt. As pragas controladas pela tecnologia são polífagas, isto é, possuem vários hospedeiros inclusive plantas daninhas, portanto a pressão de seleção é significativamente menor.

    Por outro lado, também influencia na pressão de seleção: - A concentração de proteína na planta (técnica de transferência do gene); O tipo de proteína e combinações de proteína. Portanto um padrão fixo e de 50% cheira mais a xenofobia do que ciência. Precisamos urgentemente e agora é o momento discutir um padrão de qualidade para a tecnologia bt, um preço "justo" pela tecnologia que ela oferece na prática não pela expectativa, destinando parte dos "royalties" para um fundo que atestaria sua qualidade, funcionalidade e eficácia.

    Na minha opinião quem tem que definir o tamanho da área de refúgio tem que ser a empresa detentora da tecnologia, uma vez que é ela, em última instancia a responsável pela garantia de funcionamento.

    Se o MAPA definir uma área, pode estar em risco o futuro da transgenia e do agronegócio no Brasil. Não podemos esquecer que o MAPA faz as resoluções ou portarias gerais, valendo para o Brasil todo. Os Estados via suas secretarias podem ser mais restritivos, nunca mais liberais que o órgão federal. E por sua vez, o municipal pode ser mais restritivo que o estadual. Estas atribuições dos órgãos executivos tem força de lei, mas não precisam passar pelos respectivos legislativos.

    No caso específico do Mato Grosso, a comissão de defesa sanitária vegetal já sinalizou com área de 50%. Quem fiscalizará as áreas de refúgio bem como o Vazio sanitário deverá ser o INDEA em convênio com o MAPA. Mas como a maioria das prefeituras possuem secretarias de agricultura e ambientais, em breve deverá haver convênios destas estruturas municipais com o INDEA. Pois bem, isto quer dizer que municípios poderão através de portarias ou resoluções municipais, aumentar estas áreas.

    Agora imagine um prefeito ou um secretário de agricultura municipal, ache que em seu município, esta área deverá ser maior (60%, 70% ou 100%). É possível? passaria a ser possível. Em outras palavras, o MAPA e as estruturas de fiscalização estaduais e municipais, poderão em curto espaço de tempo, fazer o que a Marina Silva não conseguiu no Congresso: Áreas livres de transgênicos.

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  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Não é do interesse da detentora da patente que haja qualquer tipo de refúgio. Quanto mais refúgio, menos sementes vendidas. Foi e é assim no milho. Não tem refúgio. Só tem recomendação... Eles querem que as pragas comam a lavoura, pois assim podem lançar a próxima tecnologia, que já está pronta, e cobrar uma fábula. Deste problema nenhum órgão de pesquisa oficial ou entidade representativa dos agricultores fala nada.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Marcelo...não entendo muito do assunto refugio....mas se entendi o objetivo nesta área de soja convencional manter as pragas que não são resistentes a tecnologia...te pergunto aliás já pergunte neste espaço umas 5 vezes....em vez do refugio não era mais inteligente criar estas pragas em laboratorio e soltar nas lavouras com a mesma finalidade!!!!!!!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Desde que o mundo é mundo existem seres especialistas. Para que servem os insetos? Os que são considerados pragas têm sua especialidade e, qual é? Aí vem do principio dos princípios: A vida tem o objetivo primordial de perpetuação da espécie ! As culturas são obtidas a partir do plantio de sementes e, estas são obtidas através do processo de reprodução sexuada, onde ocorrem as "n" probabilidades genéticas, traduzindo cada semente vai gerar um individuo diferente, Tomemos como exemplo em ha de milho onde temos uma população de 55.000 plantas, ou indivíduos com genótipos diferentes, mas para complicar mais um pouco, vamos ao ha de soja que tem 350.000 plantas, ou indivíduos com genótipos diferentes. Aí vem a pergunta "mestra": O QUE O PRODUTOR QUER ENXERGAR NESTA LAVOURA ? Respondo, se estiver errado me corrijam: UMA LAVOURA UNIFORME, QUE TODOS OS PÉS DE SOJA SEJAM "IGUAIS" !! Ocorre que nessa população de "indivíduos" têm aqueles que carregam uma mensagem genética fraca, com relação a resistências aos intempéries naturais, ou seja ela vai gerar descendentes fracos e, para que isso não ocorra, ela dá um sinal aos parasitas, doenças ou predadores, para que venham aniquila-la, impedindo assim que a espécie deixe de existir após várias gerações. Este é o sentido da vida: PERPETUAR A ESPÉCIE ! Ah! Segundo os "entendidos" essas plantas tem um nível de carboidratos e aminoácidos superiores ao normal, pois os insetos e fungos só conseguem se alimentarem desses compostos, quando a planta está com o seu processo fisiológico normal apresenta um nível de proteína mais elevado que uma "planta fraca", aí ela não é atacada, pois as pragas não conseguem "comer" a proteína.

      Conclusão: "SEMPRE HAVERÁ ATAQUES DE PRAGAS EM VEGETAIS"! É um processo natural da vida "A PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE"!!!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      (complementando): Numa rua de milho, você vê 3, 4 pés de milho atacados pela lagarta do cartucho e, na sequência vê 2, 3 pés sem sofrerem o ataque, logo a seguir mais pés de milho com as folhas comidas. Você nunca se perguntou, porque? Porque a mariposa não depositou os ovos nesses pés de milho? Será que ela não os viu, mas eles não eram vizinhos de pés atacados? Não era mais fácil para a mariposa depositar os ovos nesses pés de milho? A resposta é que eles apresentavam uma cor que nós humanos não conseguimos detectar, mas os insetos conseguem, pois sua visão está num cumprimento de onda abaixo da nossa percepção, que é o infra-vermelho e, onde a planta mostra o seu nível de compostos carboidratos e aminoácidos elevados. Ou seja, exprime a ordem subjetiva: VEJA ME COMER QUE NÃO ESTOU APTA A GERAR DESCENDENTES !!!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Que me perdoem os pragmáticos, mas hoje estou "meio light".

      Quantos já viram ao andar em ruas da cidade e, que já depararam com uma grande quantidade de folhas cortadas por formigas, normalmente são árvores de sibipiruna e, muitos dão uma explicação "lógica": Elas cortaram e não deu tempo de carregar. Será ???

      A explicação cientifica é: Os soldados da formiga saúva são os responsáveis pelo corte das folhas e, as operárias são as responsáveis de carregar as folhas cortadas até o formigueiro.

      Quando as operárias deixam as folhas na "porta" da panela de fungos, pois elas não tem acesso, quem tem acesso a panela são outra "casta" de formigas as "jardineiras" e, somente estas têm a percepção de sentir se o alimento é rico em carboidratos e aminoácidos. Ess as folhas vão ser colocadas na "panela de fungos" para esses se desenvolverem e servir de alimento para as formigas, pois as formigas não se alimentam de folhas como muitos pensam, elas se alimentam de fungos. As folhas que são ricas em proteínas vão ser recusadas pelas jardineiras e, as operárias vão receber a ordem para não trazer mais esse alimento, pois os fungos não conseguem metabolizar as moléculas de proteína.

      As operárias vão levar a mensagem até os "soldados", que parem de cortar as folhas dessa árvore, pois elas contêm proteínas. Aí os "soldados" param de cortar daquela árvore e vão colher em outra árvore próxima. Todas aquelas folhas cortadas são descartadas.

      Os que têm esposas que cultivam rosas em seus jardins sabem que a maior reclamação é que as formigas na dão sossego, vivem "depenando" as roseiras. Porquê? Porque as rosas são espécies vegetais trazidos do continente europeu, onde os solos possuem níveis de micronutrientes completamente diferentes dos nossos solos tropicais lixiviados. Para minimizar os ataques tentem pulverizar as roseiras com uma mistura de 0,5 (MEIO) % de Sulfato de Potássio ou Cloreto de Potássio, com 0,5% (MEIO) de ácido bórico.

      O ácido bórico é um micronutriente catalisador das reações para a formação e translocação das proteínas nos vegetais, logo a roseira apresentando um nível de proteínas normal, as formigas as deixarão em paz.

      Ah! O potássio do sulfato, ou do cloreto de potássio, ajuda a entrada do Boro pela epiderme das folhas.

      Esta solução pode ser pulverizada em culturas para melhorar a resistência das plantas aos ataques de doenças e pragas.

      É SÓ UM VISÃO DE UM MATUTO !!!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      He! He! (risos). Quando falo em pulverizar culturas, quero alertar que não é preciso entrar na lavoura somente para essa operação. Essa mistura pode ser acrescida numa aplicação de glifosato pós-plantio, ou numa aplicação "preventiva" de inseticida ou fungicida, como vocês gostam de "prevenir", vão fazer um "prevenção" de uma sub-nutrição de um micronutriente importante ao sistema imunológico do vegetal em questão.

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