Com chuvas irregulares, plantio da soja já registra mais de 20 dias de atraso no Maranhão

Publicado em 28/10/2015 09:17
Com chuva irregulares, plantio da soja já registra mais de 20 dias de atraso no Maranhão. Em meio aos custos de produção elevados, produtores preferem não arriscar. Agricultores que têm dívida em dólar estão preocupados, pois contas não fecham. Atraso da semeadura da oleaginosa deverá afetar janela ideal de plantio da safrinha de milho.

Com baixo volume de chuvas, os produtores do Maranhão iniciam o plantio de soja da safra 2015/16 com cautela. As chuvas ocorrem de forma localizada e poucos produtores conseguiram iniciar a semeadura.

De acordo com o presidente da Aprosoja MA, Isaías Soldatelli, já é possível considerar que o plantio está atrasado na região. O inicio dos trabalhos de campo se dão normalmente no começo de outubro, mas nesta temporada as precipitações só permitiram a semeadura depois do dia 06 em poucas localidades.

"Nós não vemos problemas quanto à produtividade, mas visando safrinha com certeza poderemos ter prejuízo", já que a janela ideal de plantio de soja vai até o mês de novembro, destaca Soldatelli.

Por conta do El Niño, a região nordeste do país deve receber um volume menor de chuvas neste verão, com isso os produtores devem estender o plantio para evitar os períodos de veranico. Segundo dados da Somar Meteorologia novas áreas de instabilidade estarão se formando sobre grande parte do Brasil, trazendo a possibilidade de chuvas praticamente, todas as regiões produtoras do Sul, Sudeste, Centro-oeste e até mesmo do Matopiba, ao longo desta semana, favorecendo a semeadura.

Preços

Paralelamente, o presidente ressalta que os preços da soja na região variam entre US$ 19 a US$ 20 por saca, valor pouco remuneração para a produção. "Devido ao custo da nossa região, consideramos que o preço precisaria chegar entre US$ 20 a US$ 22/sc para conseguir trabalhar com uma margem mais tranquila", considera Soldatelli.

Ainda assim afirma que a maioria dos produtores estão realizando comercializações nestes valores para garantir os custos de produção.

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Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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