Em Tapurah (MT), colheita da soja começa a ganhar ritmo e produtividade está irregular

Publicado em 02/02/2016 09:27
Chuva na colheita ainda é uma preocupação, pois pode afetar a qualidade da soja e também contribuir para a incidência da ferrugem nas plantações. Produtores de Tapurah (MT) também estão apreensivos em relação aos contratos feitos anteriormente. No milho, apesar do alto custo de produção, perspectiva é de aumento na área plantada. Porém, investimentos em tecnologia deverão ser menores.

Assim como em outras áreas do estado de Mato Grosso, a colheita da soja começa a ganhar ritmo na região de Tapurah. E, por enquanto, a palavra para essa temporada é irregularidade. Isso porque, a produtividade das lavouras da oleaginosa gira em torno de 12 sacas até 70 sacas do grão por hectare. Cenário decorrente do clima adverso registrado desde o início do plantio.

Após o atraso das chuvas, a preocupação nesse momento é justamente com o excesso de precipitações. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Silvésio de Oliveira, a chuva no momento da colheita é uma apreensão recorrente dos produtores rurais do estado. “Com as precipitações excessivas poderemos ter perdas na qualidade do grão e também há a preocupação com incidência da ferrugem asiática nas plantações, o que pode impactar o custo de produção e causar prejuízos”, destaca.

Paralelamente, os agricultores estão atentos aos contratos realizados anteriormente nessa safra. “Serão poucos os produtores que terão dificuldades em cumprir os contratos. Ainda assim, a orientação é que os agricultores façam laudos para comprovar o efeito do clima na produção. As empresas estão cientes e acreditamos que não haja nenhuma retaliação ou multa contra os produtores”, ressalta Oliveira.

Safrinha de Milho

Apesar do aumento nos custos de produção e da janela de plantio estreita em decorrência do atraso na semeadura da soja, a perspectiva é que haja um incremento na área destinada ao cereal nesta temporada. Em seu último boletim, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) informou que o custo total pode ser o maior da história, chegando a R$ 2.553,87 por hectare.

“Temos a tradição de fazer a safrinha de milho na nossa região. Então, o produtor não vai deixar de cultivar o cereal. E o aumento nos preços dos contratos futuros tem deixado os produtores animados. A produção pode cair em função da redução nos investimentos em tecnologia que deverá ser menor nesta safra”, pondera a liderança sindical.

Para essa temporada, os produtores já negociaram parte da estimativa de colheita. Alguns produtores fecharam negócios em outubro/15, com valores entre R$ 17,00 até R$ 18,00 a saca do grão. “E houve uma nova leva de contratos entre R$ 20,00 a R$ 22,00 a saca recentemente”, finaliza Oliveira. 

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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