Em Guaíra (PR), produtores avançam com a colheita da soja e perdas com a ferrugem asiática superam os 30% em algumas áreas

Publicado em 11/02/2016 09:30
Clima contribuiu para a incidência da doença nas plantações da oleaginosa. Cerca de 85% da área semeada já foi colhida até o momento. Rendimento médio gira em torno de 50 sacas do grão por hectare. No caso do milho, o plantio da safrinha evolui e preços estimulam o investimento na segunda safra. Preços da saca do cereal estão próximos de R$ 32,50.

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Em Guaíra (PR), produtores avançam com a colheita da soja e perdas com a ferrugem asiática superam os 30% em algumas áreas

 

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Apesar das precipitações, os produtores rurais têm conseguido evoluir com a colheita da soja em Guaíra (PR) e a perspectiva é que os trabalhos nos campos terminem até a próxima semana. Atualmente, pouco mais de 85% da área semeada nesta temporada foi colhida. Porém, com o excesso de chuvas, algumas áreas registram perdas de até 30% devido ao ataque da ferrugem asiática.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Silvanir Rosset, o clima irregular, chuvas excessivas entre os meses de novembro e dezembro e as temperaturas amenas, contribuíram para a alta incidência da doença nas plantações.  Com isso, os produtores rurais tiveram que realizar mais aplicações nas áreas para controlar a ferrugem.

“As áreas mais afetadas e que apresentaram perdas expressivas foram as de fronteira com o Paraguai. Com isso, a produtividade média gira em torno de 50 sacas de soja por hectare, mas tivemos alguns produtores colhendo acima de 65 sacas por hectare. Não foi o rendimento satisfatório, uma vez que muitos agricultores esperavam colher mais”, explica Rosset.

Já em relação à comercialização, o presidente sinaliza que boa parte dos produtores realizaram negociações antecipadas e agora cumprem os contratos. “Mas com a recente alta do dólar tivemos alguns negócios com valores de R$ 74,50 a saca do grão”, completa.

Milho Safrinha

E com a colheita da soja, os produtores dão continuidade aos trabalhos nos campos com o plantio da segunda safra de milho. E, na contramão da oleaginosa, as chuvas têm favorecido o desenvolvimento das plantações. “Depois da estiagem recentemente, que acabou deixando alguns stands falhados”, diz.

E para essa safra a perspectiva é positiva, já que os produtores têm investido nas áreas. “Muitos agricultores fizeram negócios antecipados, especialmente depois da alta dos preços. Nesse momento, a saca do milho é negociada ao redor de R$ 32,50, no ano passado, o valor estava em R$ 25,00”, finaliza Rosset.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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