Condições climáticas favoráveis ao aparecimento da ferrugem na soja na etapa final da colheita exigem maior atenção dos produtores em MT

Publicado em 29/02/2016 13:32
Uso de fungicidas protetores têm garantido maior proteção às lavouras e são vistos como ferramenta importante para evitar proliferação de fungos resistentes aos produtor tradicionais

O clima seco no inicio do safra adiou o aparecimento da ferrugem asiática nas lavouras de soja do Mato Grosso, no entanto o retorno da chuva no final do ciclo exige maior atenção dos produtores.

De acordo com o pesquisador da agrodinâmica consultoria e pesquisa agropecuária, Valtemir Carlin, com o cenário menos favorável para o desenvolvimento da doença no inicio do plantio, muitos produtores reduziram os cuidados.

No entanto, Carlin alerta que "é preciso fazer as primeiras aplicações logo quando a soja não fechou ainda, para garantir maior proteção". Outra preocupação que deve ser tomada neste período, e a evolução de grupos resistentes aos produtos sistêmicos.

"A maneira de evitar o ciclo resistente é reduzir o uso continuo dos mesmos modos de ação. Então, quando o produtor repete sempre o mesmo principio ativo ocorre à seleção dos indivíduos que são naturalmente resistentes. Para isso é preciso mudar os modos de ação e, também há a questão dos fungicidas protetores que conseguem inibir a população resistente", explica Carlin.

Os protetores devem ser associados aos produtos sistêmicos, potencializando sua ação e garantindo melhora na produtividade das plantas. Além disso, eles possuem ação multissítio, agindo em diversas células do fungo e diminuindo a chance de desenvolvimento da resistência.

O diferencial dos fungicidas protetores é sua ação sem penetração na planta que possibilita a ação conjunta em diversos metabolismos da célula do fungo, e traz ganhos de produtividade.

 Desde a safra 2011/12 o crescimento de populações resistentes aos princípios ativos existentes no mercado preocupa a cadeia produtiva.

A resistência está relacionada a uma série de fatores, entre elas a utilização em larga escala de fungicidas curativos que possuem ação em um sítio específico do fungo, podendo gerar a resistência através de processo de reprodução do patógeno.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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