Em Ijuí (RS), perspectiva é de queda de 30% na produtividade do milho nas áreas de sequeiro

Publicado em 11/01/2017 10:04
Nas áreas irrigadas, rendimento deve ficar acima do registrado no ciclo anterior. Preços recuaram na região e saca é cotada abaixo de R$ 30,00, o que deixa margem ajustada aos agricultores. Na soja, chuvas constantes dificultam aplicação de fungicidas e produtores devem estar atentos ao aparecimento da ferrugem asiática nas lavouras.
Confira a entrevista de Ércio Luiz Eickoff - Pres. do Sind. Rural Ijuí/RS

Podcast

Em Ijuí (RS), produtores se preparam para a colheita do milho e a perspectiva é de queda de 30% na produtividade nas áreas de sequeiro

 

Download

 

Na região de Ijuí (RS), os produtores rurais se preparam para a colheita do milho da safra de verão. E, após um veranico de mais de 30 dias, a perspectiva é de uma redução de 30% na produtividade das plantações nas áreas de sequeiro. Em contrapartida, a projeção é de aumento no rendimento das áreas irrigadas, que podem chegar a 250 sacas do grão por hectare nesta temporada.

O presidente do sindicato rural do município, Ércio Luiz Eickoff, reporta que a preocupação dos produtores está relacionada aos preços do cereal na região. Isso porque, depois de se aproximar de R$ 50,00 a saca no ano anterior, as cotações cederam e, atualmente, o produto é cotado abaixo de R$ 30,00 a saca. “Nesse patamar, a margem do agricultor já fica ajustada”, completa.

No caso das lavouras de soja, a estiagem também dificultou o início do cultivo, mas o retorno das chuvas contribuiu para a finalização dos trabalhos nos campos e o bom desenvolvimento das plantas. “As lavouras que estavam com dificuldades de crescimento se normalizaram e ao contrário do ano passado, temos luminosidade, o que também ajuda no desenvolvimento”, diz Eickoff.

Contudo, as chuvas constantes na localidade têm atrapalhado as aplicações de fungicidas nas lavouras. “É preciso atenção com as doenças, especialmente a ferrugem asiática que nos causou muitos problemas no ano anterior”, pondera a liderança.

Em relação aos preços, Eickoff ainda destaca que, também há uma preocupação com os atuais patamares praticados para a oleaginosa. Na localidade, a saca da soja é cotada a R$ 65,00. “E tivemos poucos negócios antecipados realizados para essa temporada, o produtor irá negociar a safra após a colheita”, acredita. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Em Chicago, óleo despenca mais de 3% e pressiona ainda mais preços da soja nesta 3ª feira
Anec faz leve ajuste na exportação de soja do país em abril, que deve cair ante 2023
Apesar de altas no farelo e baixas intensas no óleo, soja trabalha com estabilidade em Chicago nesta 3ª
Soja em Chicago tem muita oscilação nesse inicio de semana, mas encerra com leves ganhos por conta da greve de processadores na Argentina
Greve na Argentina leva farelo a subir mais de 2% e soja acompanha altas em Chicago nesta 2ª