Previsão de clima quente e seco durante a safra nos EUA e demanda forte pela soja americana dão fôlego às altas em Chicago

Publicado em 24/04/2017 17:53
No Brasil, os prêmios estão em alta com compradores tentando se ajustar às necessidades do produtor que já vendeu mas não fixou preços
Confira a entrevista de João Schaffer - Analista da Agrinvest

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O mercado da soja teve mais um dia de movimentação positiva na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com o analista de mercado João Schaffer, da Agrinvest, foi possível observar a continuidade do movimento da semana passada, quando a soja subiu em função de uma demanda voltada para os Estados Unidos. Do lado climático, havia um atraso possível de plantio no país norte-americano, mas informações divulgadas ao final da tarde de hoje já demonstram que a soja está 6% plantada.

Outras variáveis, entretanto, ainda podem influenciar do lado climático. Um mapa com a previsão para os próximos três meses mostra o acumulado de temperaturas mais altas e mais secas. Com isso, deve-se observar como o mercado irá ponderar isso, mas o número de plantio, expressivo, pode trazer pressão em Chicago.

Apesar dos preços altos, há pouca venda por parte do produtor brasileiro. Março bateu recorde de embarques e o mês de abril também caminha para essa tendência, mas esse volume é, em grande parte, correspondente à soja vendida no início do ano na modalidade de preço a fixar.

Nos Estados Unidos, a demanda continua. Há mais de 600 mil toneladas projetadas para embarque nessa semana, já ultrapassando o que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) havia projetado para a temporada. Com isso, os estoques finais dos norte-americanos devem ser alterados. Com produtor americano agressivo na venda, os prêmios ficam estáveis, tornando a soja atrativa, mas a América do Sul não deve perder mercado - a estimativa é que o Brasil exporte mais de 60 milhões de toneladas.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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