Contrato novembro acima de US$ 9,53/bushel no final da sessão pode indicar mercado em alta para soja em Chicago

Publicado em 19/06/2017 11:18
Imprecisão de mapas climáticos geram dúvidas sobre potencial produtivo da próxima safra nos EUA
Miguel Biegai - Analista da OTCex Group

O mercado da soja inicia a semana com um dia positivo para os preços na Bolsa de Chicago (CBOT), registrando ganhos de 2 a 3 pontos desde o pregão noturno.

De acordo com o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, em Genebra (Suíça), Chicago tenta se recuperar no dia de hoje. O contrato de novembro/17, que passa a ser o contrato de referência até o final da semana, já se apŕesentava a US$9,53/bushel às 11h28 (horário de Brasília).

O contrato de agosto/17 e setembro/17 estão mais à frente, mas o número de posições em aberto nesses contratos são bem menores do que no contrato de novembro/17.

Pela análise gráfica, o contrato de novembro/17 vinha dentro de um canal de baixa. Dentro desse canal, há tendências secundárias de alta e de queda. Neste momento, o contrato estava oscilando novamente para um movimento secundário de queda, mas nos dois últimos pregões e no dia de hoje, ele tende a romper essa tendência primária de baixa, que pode ser lateral ou de alta. US$9,53/bushel, portanto, é um ponto importante. O contrato deve fechar acima dessa cotação e não trabalhar em nenhum momento abaixo no próximo pregão para confirmar o rompimento da tendência.

No gráfico de médias móveis demonstrado por Biegai, o mercado está com uma tendência de conotação altista. Contudo, isso também irá depender dos movimentos apresentados amanhã.

Fundamentos como clima e a incerteza em relação aos mapas climáticos são importantes elementos para compreender a movimentação desse mercado.

O analista destaca que os últimos três anos de soja e milho baratos incentivaram o consumo, ao mesmo tempo em que os norte-americanos obtiveram safras cheias e a América do Sul teve safras de regulares a boas. Com isso, o ano em que a oferta tiver um problema de queda, haverá todo um movimento contrário.

Por: Aleksander Horta / Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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