Notícias são positivas para os preços da soja em Chicago, mas divergência entre os mapas climáticos deixam mercado volátil

Publicado em 18/07/2017 17:37
Apesar de encerrar em alta, mercado da soja em Chicago encerra longe das máximas do dia
Confira a entrevista com Flávio França Jr. - Consultor de Agronegócios

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O dia foi de encerramento positivo para o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). Longe das máximas atingidas ao longo da sessão, o encerramento acumulou altas de 4 a 4,5 pontos.

Flávio França Jr., consultor em Agronegócio, destaca que, no geral, as notícias são positivas para os preços dos grãos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou a piora nas condições das lavouras - soja e milho estão na pior condição desde 2012 e o trigo primavera vem acumulando perdas expressivas de produtividade.

Com isso, o sentimento geral é de que a semana atual não deve trazer condições de melhoras para as lavouras, como aponta França Jr. O relatório da próxima segunda pode vir com indícios de estabilidade ou piora desse estado.

O mês de julho é mais decisivo para o milho do que para a soja, que tem sua definição de potencial produtivo no mês de agosto, em grande parte. Assim, a oleaginosa ainda tem tempo para uma reversão, o que a deixa "mais reticente em subir de maneira explosiva".

O preço atual já mostra uma contabilização de problemas, de maneira mais definitiva para o trigo, enquanto soja e milho acumulam apenas uma diminuição de potencial até o momento. Para que os patamares atuais da soja encontrem cotações mais altas, seriam necessárias perdas efetivas.

No Brasil, o dólar vai a R$3,15, fator que vem dificultando a formação de negócios no país, mesmo com a CBOT em patamares melhores. Os últimos fatores econômicos criaram um ambiente no qual o mercado financeiro começou a acreditar que este cenário independe da política, como avalia o consultor.

Uma queda no dólar também afeta diretamente nos preços da soja. Por outro lado, os custos de produção ficam melhores e mais viáveis para os produtores.

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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