Chicago já especula perdas na produtividade da soja, mas números não estão fechados e clima determinará rumo dos preços

O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia positivo nesta quarta-feira (26), após três sessões seguidas de queda.

Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, destaca que ainda há muitos movimentos a serem acompanhados, especialmente porque o mercado climático se encerra apenas no final de agosto.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou uma piora de 8% em um período curto para as lavouras norte-americanas, o que é bastante significativo para o momento. Entretanto, a possibilidade de chuvas mais acentuadas para os próximos dias poderá trazer uma recuperação parcial para essas lavouras.

Portanto, as fortes oscilações na CBOT podem dar oportunidades de colocação tanto para vendedores quanto para compradores.

Mariano acredita que falar em números para os Estados Unidos ainda é bastante precoce. "O que está em jogo é o tamanho de vendedores e compradores brigando por um objetivo de valores", diz o analista.

Ontem, os fundos estavam comprados excessivamente e realizaram lucros. Hoje, não é um fundamento novo que indica uma tendência, e sim a reacomodação dos contratos comprados e dos contratos vendidos. O movimento do mercado de farelo de soja também foi bem acentuado, o que puxou o movimento dos grãos.

Embora o mercado cambial não traga um benefício direto para uma venda em reais, o produtor brasileiro que vem vendendo grãos tanto da safra atual quanto da safra futura, com a queda do dólar, pode ter uma vantagem no pagamento da sua dívida dolarizada e também na formação de lavouras para a safra 2017/18.