USDA chega nesta quinta-feira (10) com os primeiros números do campo e perdas mais intensas devem ser para o milho

Publicado em 10/08/2018 11:22 e atualizado em 06/07/2020 15:09
Adversidades climáticas foram mais severas durante o mês de julho, comprometendo a polinização do cereal. Já em agosto, cenário é mais favorável para a soja e cultura conta com maior potencial de recuperação. Mercado em Chicago atento aos novos números. No Brasil, produtores também em compasso de espera.

Nesta quinta-feira (10), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga suas novas estimativas para as safras dos Estados Unidos. A soja caminha em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT), aguardando pelas informações, que serão as primeiras do ano com resultados colhidos no campo.

Ana Luiza Lodi, analista de mercado da INTL FCStone, destaca que a safra de milho nos Estados Unidos sofreu com o excesso de chuva durante o plantio e seca durante o desenvolvimento em julho. Assim, há uma expectativa de baixa de produtividade, que pode ser em torno de 10 milhões de toneladas.

Mesmo que não haja uma safra de milho cheia, a situação do cereal é confortável em relação à demanda, que está bastante aquecida. Assim, a quebra que irá ocorrer nos Estados Unidos não é uma "super quebra" de safra.

Para a soja, que é plantada mais tarde, apesar o tempo seco ter trazido alguns problemas, o principal momento do desenvolvimento ocorre no mês de agosto, que tem temperaturas mais amenas neste momento. Há expectativa de uma leve redução, mas deve ser bem menor em relação ao milho, variando entre 1 a 2 milhões de toneladas nas estimativas do mercado.

Caso haja essa perda de produtividade, o balanço da oleaginosa ainda fica bem confortável para esta safra, como destaca Lodi. Assim, por mais que não haja uma superssafra, a produção de soja tende a ser bem favorável neste ano.

No Brasil, os negócios ocorrem em um ritmo mais calmo, com os produtores aguardando por essas informações do USDA. Do lado da demanda, como o cenário é de uma disponibilidade grande de milho, os compradores não têm pressa para comprar.

Tour pelos Estados Unidos

A INTL FCStone acabou de voltar de um tour pelas áreas produtivas dos Estados Unidos para conhecer a realidade da safra no país. A analista conta que a situação é bem próxima do que a que vem sendo comentada, com algumas perdas e algumas áreas mais secas, mesmo com as recentes chuvas.

Não é esperada uma quebra tão grande, mas alguma perda de potencial produtivo para a soja e para o milho, o que foi relatado por produtores e cooperativas. O desenvolvimento não foi padrão por conta de condições climáticas que, também, não foram padrão.

 

Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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