China mais agressiva nas compras nas próximas semanas pode ajudar a recuperar preços da soja em Chicago

Publicado em 18/10/2017 16:30
Compras da China estão atrasadas e volta das margens positivas para o esmagamento com preços relativamente baratos no mercado internacional, podem estimular novas aquisições
Confira a entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado

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China mais agressiva nas compras nas próximas semanas pode ajudar a recuperar preços da soja em Chicago

 

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Nesta quarta-feira (18), o mercado da soja encerrou de forma neutra na Bolsa de Chicago (CBOT). Uma reação foi buscada, mas o fechamento positivo não ocorreu.

Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, destaca que, nos últimos anos, a CBOT precificou a colheita americana até que esta chegasse em 70%. Depois deste ponto, outros fatores, como a demanda da safra nova e o plantio na América do Sul, começam a ser observados. Nesta semana, os Estados Unidos estão passando por um momento de clima firme, permitindo a continuidade dos trabalhos, o que indica que a colheita deve atingir esse patamar no próximo domingo.

Enquanto isso, no Brasil, o estado do Paraná é o único que encaminha bem a sua soja. No Mato Grosso do Sul, há possibilidade de replantio em algumas áreas, enquanto os estados de Goiás e Mato Grosso sofrem, em grande maioria de suas áreas, com a falta de chuvas. A tendência é que a próxima semana seja de precipitações para essas áreas, permitindo que muitos realizem o plantio.

O mercado, portanto, vem precificando apenas a colheita dos Estados Unidos nesta semana, tendo em vista o clima mais firme. A partir da próxima semana, além de ter o Brasil no radar, a CBOT pode voltar os olhos para a demanda da China, que enfrenta uma alta no frete marítimo, fator que pode resultar em compras mais lentas. Entretanto, a China precisa atender seus compromissos internos e pode vir mais agressiva nas próximas semanas.

Nas vendas brasileiras, o preço praticado para as vendas está aquém do alvo dos produtores. Uma alta de R$3 poderia ocasionar saídas de volumes do estado do Paraná.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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