Mercado da soja em Chicago a espera de mais informações das chuvas no Brasil e de olho na demanda chinesa

Na manhã desta segunda-feira (23), o mercado da soja começou a trabalhar com algumas pequenas quedas na Bolsa de Chicago (CBOT), revertendo os números da madrugada.

Miguel Biegai, analista da OTCex Group, destaca que o mercado abriu "preguiçoso" nesta semana, com pouca volatilidade. Os operadores estão aguardando notícias tanto do lado altista quanto do lado baixista.

As chuvas no Brasil não estão se consolidando da forma que era previsto. Por outro lado, a demanda precisa dar sinais de continuidade. Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também divulga o relatório de progresso da colheita, mas a safra norte-americana é um fato que já foi absorvido pelo mercado.

De acordo com os gráficos demonstrados por Biegai para o contrato de janeiro/2018, que passa a ser o driver a partir de hoje, se configura de maneira muito semelhante ao contrato de novembro/2017, mas com um suporte na casa dos US$9,87/bushel. Esse contrato rompeu a resistência, mas ainda continua bastante próximo desse suporte.

Por enquanto, o mercado ainda está dentro de uma tendência de alta. Contudo, o que irá determinar a tendência no curto a médio prazo é a ocorrência ou não de chuvas nos próximos dias.

A orientação de Biegai para o produtor, neste momento, é ir se garantindo aos poucos para a safra do próximo ano. Os preços atuais podem não ser os melhores, mas pode ser que a tendência não se mantenha.

Para aqueles produtores que têm a possibilidade, a compra de uma operação de call ou de put na Bolsa pode ajudar a participar na alta ou se proteger da queda mesmo com a venda da soja neste momento.