Preocupações com La Niña refletem na soja em Chicago nesta 2ª feira

Publicado em 04/12/2017 08:49
Embora fenômeno ainda esteja terminando de se configurar e os problemas causados ainda não sejam tão severos, primeiras reações começam a aparecer entre os futuros da soja na CBOT nesta segunda-feira (4).
Confira a opinião de João Batista Olivi e Aleksander Horta - Jornalistas

Os jornalistas João Batista Olivi e Aleksander Horta, do Notícias Agrícolas, comentam, na manhã desta segunda-feira (4), os preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), que sobem em função da evidência de um La Niña sobre a América do Sul.

Eles destacam que, embora muitos meterologistas deem este fenômeno como certo até então, ainda não há condições para categorizar sua presença, já que é necessário que haja três meses com temperaturas abaixo de 1ºC no Oceano Pacífico na Linha Equatorial. Contudo, Horta lembra que esta é uma questão técnica no momento, já que os últimos dois meses apresentaram esses resultados.

O fenômeno, que configura um ciclo que pode durar de seis a sete anos, causa a redução de chuvas no sul da América do Sul, fato que vem sendo observado na Argentina e no sul do Brasil e um aumento de chuvas mais ao Norte.

Nesta semana, uma reunião científica será realizada entre os Centros de Meterologia para que estes decidam a constatação ou não da influência do La Niña.

Olivi e Horta ainda salientam algumas alternativas para os produtores se protegerem das oscilações do mercado, como a compra de um contrato de opções, de forma que estes participem das futuras altas mesmo vendendo o produto físico, além de alternativas para o dia a dia da safra, como o aumento das reservas hídricas no solo.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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