Chuvas beneficiam desenvolvimento das lavouras de soja em Sorriso (MT) e produtores avançam na comercialização

Publicado em 15/12/2017 15:16
Precipitações permanecem localizadas, mas contribuem para o bom desenvolvimento das plantações. Agricultores já ressaltam problemas com nematóides em algumas áreas. Saca é cotada a R$ 60,00 na região. No milho, perspectiva é de queda na área cultivada na safrinha. Com preços baixos, produtores devem migrar para o cultivo do algodão.
Confira a entrevista com Luimar Gemi - Presidente do Sindicato de Produtores Rurais Sorriso-MT

 

Os produtores rurais de Sorriso/MT permanecem com boas expectativas para a safra 2017/18 da soja, já que o desenvolvimento das plantas estão em estado vegetativo e de enchimento de grãos. No início da temporada, as lavouras das oleaginosas sofreram com o estresse hídrico e os trabalhos de campo foram interrompidos por cerca de 10 dias.

O presidente do Sindicato de Produtores Rurais do município, Luimar Gemi, destaca que o clima tem beneficiado os cultivos, na qual as chuvas ainda não são generalizadas. Já em relação a produtividade, os produtores esperam atingir a mesma média da safra anterior. “Se o clima permitir, teremos uma colheita normal e vamos conseguir boas produtividades. Sendo que ano ano passado, em Sorriso, fechamos com 58 sacas/ha com uma área de 600 mil hectares”, ressalta Gemi.   

Entretanto, a preocupação dos agricultores é com as pragas, já que na região, medidas estão sendo tomadas contra os nematóides, ferrugens e a mosca branca. “O produtor está se prevenindo e tomando todas as atitudes, para que não tenha grandes perdas”, explica.

Na região, alguns contratos foram realizados antecipadamente pelos produtores rurais, porém muitos preferiram fazer o travamento de parte da atual safra da soja, uma vez que precisam cumprir com os compromissos que já estavam programados. No entanto, a comercialização futuras para o milho estão lentas, tendo em vista que os valores não remuneram os produtores.

Preços

Atualmente, a saca está cotada a R$ 60,00 na região. Já o milho, os preços estão por volta de R$ 15,00. Contudo, as margens estão muito ajustadas e não cobrem os custos de produção, que neste ano foram elevados.Com isso, muitos produtores estão optando pelo o cultivo do algodão.“O milho vai perder área em função do preço, sendo que alguns agricultores já estão partindo para o plantio de algodão. Com isso, acaba gerando competitividade entre as culturas”, finaliza o presidente.

 

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Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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