Clima contribui para o desenvolvimento da soja em Diamantino (MT) e produtores estão preocupados com a rentabilidade
Após as preocupações iniciais no momento da semeadura, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras de soja da safra 2017/18 em Diamantino (MT). Com isso, a perspectiva é que a produtividade das plantações fique próxima da registrada no ciclo anterior no estado, ao redor de 52 sacas do grão por hectare.
Nesse momento, os produtores realizam o monitoramento e aplicações preventivas nas lavouras, conforme ressalta o delegado da Aprosoja na região, Altemar Kroling. Para essa safra, a expectativa é que a colheita da soja comece por volta do dia 18 de janeiro na localidade.
Ainda na visão da liderança, o grande desafio dessa temporada é a rentabilidade. Atualmente, os preços futuros estão próximos de R$ 58,00 a R$ 59,00 a saca, valor que não fecha as contas. Até o momento, pouco mais de 30% da safra foi negociada antecipadamente, índice abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 50%.
"Travamos parte dos custos e deveremos negociar o restante da produção aos poucos. Conforme o mercado sinalizar melhores oportunidades", acrescenta Kroling.
Milho safrinha
Em meio ao comprometimento da janela ideal de cultivo da safrinha de milho, com o atraso na semeadura da soja, a projeção é de queda na área plantada em Diamantino. Na região, o período ideal termina no dia 20 de fevereiro.
"E o milho não está remunerando, os produtores deverão diminuir a tecnologia empregada. A saca futura é negociada ao redor de R$ 16,00 até R$ 16,50 a saca, mas os agricultores seguem cautelosos. Quem não cultivar o milho deverá investir em milheto ou braquiária, pensando na produtividade da soja na próxima safra de verão", reforça o delegado da Aprosoja na região.
Monitoramento das lavouras de soja em Diamantino (MT). Envio de Altemar Kroling
Monitoramento das lavouras de soja em Diamantino (MT). Envio de Altemar Kroling