Mercado segue focado no clima americano com a dificuldade de avanço no plantio de milho e trigo. Pode sobrar mais área para soja

Publicado em 19/04/2018 17:49
Volta da demanda pela soja americana ajuda a sustentar cotações nos atuais patamares, mas não eleva preços em Chicago
Fernando Pimentel - Agrosecurity Consultoria

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Fechamento do mercado da soja com Fernando Pimentel - Agrosecurity Consultoria

 

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Nesta quinta-feira (19), o mercado da soja encerra a sessão na Bolsa de Chicago (CBOT) com perdas de 4 pontos nos principais vencimentos. Nos últimos dias, o mercado vem oscilando entre os lados positivos e negativos, à espera de mais informações.

Para Fernando Pimentel, da Agrosecurity Consultoria, o mercado já está migrando sua atenção para a safra dos Estados Unidos, onde o cronograma do plantio de primavera já teve início. A situação climática no país é de um frio persistente, que acaba afetando nesse cronograma.

Com o trigo de primavera com preços mais interessantes, há uma tendência de uma parcela da área de milho ir para esse trigo, enquanto uma área que seria da soja pode ser destinada ao milho. Contudo, o período ótimo de plantio de milho é agora - até o final do mês, 20% da área teria de ser plantada. Desta forma, o planejamento pode ser comprometido.

Se a briga comercial entre a China e os Estados Unidos for efetivada, esse fator também deverá começar a influenciar no mercado. Para Pimentel, "as cartas estão na mesa" e é necessário observar os próximos passos dessa disputa, que pode gerar efeitos positivos para a soja brasileira, com prêmios elevados no mercado físico - porém, o lobby agrícola nos Estados Unidos é bastante forte, como lembra o analista.

Na avaliação de Pimentel, os preços na CBOT já deveriam estar cedendo mais do que estão. Entretanto, a antecipação de compras advindas dos norte-americanos ajudam a segurar esses patamares.

O analista também respondeu perguntas enviadas pelos internautas.

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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