Dólar e clima favorável nos EUA pressionam soja em Chicago. Incertezas sobre acordo China/EUA, Nafta e Coréia acentuam queda

Publicado em 16/05/2018 17:09
Apesar da queda forte em Chicago, cotações da soja no Brasil seguem sustentadas pela alta do dólar
Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora

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Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta quarta-feira (16), o mercado da soja apresentou uma queda considerável na Bolsa de Chicago (CBOT), com o contrato julho/18 chegando próximo de perder o patamar dos US$10/bushel.

De acordo com Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora, houve um movimento de volatilidade ao longo de toda a semana até então, mas o mercado se aproveitou de fatores políticos e fundamentais para testar a resistência dos US$10/bushel.

Um dos fatores principais é a reunião da delegação da China com os Estados Unidos. Não se sabe se os países estão chegando em um acordo e há problemas sérios a serem resolvidos. Sousa avalia que o presidente Donald Trump terá de ceder alguma coisa neste momento, já que tanto a China precisa da soja norte-americana quanto os Estados Unidos precisam exportar para os asiáticos.

Além disso, há problemas relacionados ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) e com a Coreia do Norte, que não deve ceder no desarmamento nuclear. O dólar também tem uma alta sensível em relação a outras moedas. Do lado da produção, o clima atual mostra que a produtividade tem potencial para se elevar - e, consequentemente, esse fator elevaria dos estoques.

Para o produtor brasileiro, que já está bastante vendido, os preços em reais quase não cairam. Sousa aponta que o momento, agora, é de pensar na safra nova.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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