China tenta adequar demanda e reduzir dependência da soja americana enquanto EUA apostam em novos compradores

Publicado em 09/07/2018 17:19
Clima favorável às lavouras americanas na segunda quinzena de julho e taxação da soja em vigor pressionam Chicago
Eduardo Vanin - Analista de Mercado

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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Após esboçar uma reação na sexta-feira, o mercado da soja devolveu parte de seus ganhos na sessão de hoje da Bolsa de Chicago (CBOT).

O analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, destaca que a soja havia feito um movimento exagerado, muito em função da recomendação de compra de commodities por parte da Goldman Sachs. Também houve a divulgação da taxação sobre os produtos chineses, bem como previsões de um tempo quente e com chuvas mal distribuídas para a próxima semana nos Estados Unidos.

No domingo, as previsões começaram a mostrar diminuição das temperaturas a partir do dia 17, com mais chances de chuvas. Este fator acabou por disparar as vendas, de forma que os ganhos foram devolvidos.

Agora, o mercado também deve acompanhar se os Estados Unidos irá capturar a demanda chinesa mesmo com a retaliação em voga. A China, por sua vez, deve aumentar seu leque de origens e concentrar ainda mais as compras no Brasil.

A partir de agosto, os asiáticos também devem começar a substituir o farelo de soja por outras alternativas, como girassol e canola, bem como pagar o preço pela soja norte-americana.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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